Expedição resgata mestres da cultura popular

Uma caravana organizada pela Funda??o Cultural Monsenhor Chaves misturou m?sica e pesquisa folcl?rica num passeio cultural. ? que um grupo de m?sicos e pesquisadores foi conhecer de perto o trabalho do senhor Chiquinho Princesa, um dos maiores nomes do estado na arte de fazer e tocar p?fanos, e que reside na comunidade ?gua Boa, no munic?pio de Curralinhos, a 73km de Teresina.

Chiquinho Princesa, 67 anos, foi o pioneiro no Piau? na cria??o de uma banda de p?fanos. Em 1986, ele come?ou a realizar apresenta?es com jovens na regi?o, sempre usando instrumentos totalmente artesanais, feitos de taboca. No in?cio da d?cada de 90, o artista foi descoberto pelo folclorista piauiense Agenor Abreu, que o levou para apresenta?es na capital, com o apoio da Funda??o Cultural Monsenhor Chaves, contribuindo para a difus?o do instrumento musical.

E para conhecer de perto o trabalho do artista, na manh? do ?ltimo s?bado (06), v?rios m?sicos e pesquisadores se reuniram em uma caravana para acompanhar o processo de fabrica??o artesanal do p?fano, bem como ampliar os conhecimentos relacionados ao folclore piauiense. Entre os artistas estavam Jos? Quaresma e Thiago E, da banda Validuat?, Wagner Ribeiro, m?sico e pesquisador de cultura popular, al?m de membros da Orquestra Sinf?nica de Teresina e da Banda de P?fano de Teresina e Banda Luis Gonzaga.

Foi um dia bastante puxado, com uma caminhada quase intermin?vel no meio do mato ? procura da taboca ideal para fazer o p?fano. Em seguida, com os talos em m?os, foi a vez dos furos (seis no total), feitos com um peda?o de ferro esquentado em uma fogueira. A afina??o foi encontrada em quest?o de segundos. ?Foi tudo feito no ?olh?metro?, na velocidade de quem tem experi?ncia?, contou Edc?lio Leite, um dos membros da caravana. ?Divertido, instrutivo, pedag?gico, cultural, gastron?mico e ecol?gico?, foi assim que o m?sico Z? Quaresma definiu o passeio frisando a import?ncia de ter conhecido o mestre Chiquinho Princesa e visto de perto a confec??o artesanal do p?fano. ?Quando a gente conhece a mat?ria-prima e a forma de fazer, a gente d? outro valor ao instrumento?, finaliza.