Filho adotivo de casal gay teria passado por 'corredor da morte' na escola, diz pai

A Polícia Civil apura se houve agressão ao jovem

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Os pais adotivos do adolescente que morreu em Ferraz de Vasconcelos (SP) nesta segunda-feira (9) suspeitam que ele tenha sido agredido dentro da escola.

Peterson Ricardo Teixeira de Oliveira, de 14 anos, foi internado na semana passada após passar mal na Escola Doutor José Eduardo Vieira Haduon.

Ele era filho de um casal homossexual, mas os pais ainda não sabem se foi vítima de preconceito. Segundo Márcio Nogueira, um dos pais, alunos comentaram que houve uma briga e cinco adolescentes agrediram seu filho em um "corredor da morte".

"Bateram nele no corredor onde ficam alunos de um lado e de outro batendo em quem passa. Eles disseram que ele subiu para a sala de aula e começou a passar mal. Abriu a porta e saiu gritando 'vou morrer, vou morrer, eu não quero morrer. Me ajuda, me socorre.' Foi a hora em que me chamaram na escola”, contou Nogueira, durante velório do filho no cemitério do Cambiri, em Ferraz de Vasconcelos.

A Polícia Civil apura se houve agressão ao jovem. A secretaria estadual de Segurança Pública enviou a seguinte nota: "o delegado Eduardo Boigues Queroz, titular da Delegacia de Homicídios de Itaquaquecetuba, informa que o caso está sendo investigado e nenhuma hipótese está descartada".

Anteriormente, o delegado informou que não havia ocorrido espancamento, mas que apurava se a vítima foi agredida fisicamente de alguma forma.

Escola nega agressões

Segundo Márcio Nogueira, a diretora da escola disse que não houve briga dentro da sala de aula e sim uma pequena discussão.

A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo reforçou a versão da diretora. "É importante reiterar que não há registro de nenhuma agressão dentro da escola, que permanece à disposição das autoridades policiais."

A pasta informou ainda que "lamenta profundamente a morte de um de seus alunos, que estudava na unidade desde os 6 anos e participava ativamente das atividades curriculares extraclasse, inclusive sendo parte do grupo de teatro." Também disse que "todo apoio aos familiares está sendo prestado".

Internação e despedida

O rapaz foi internado na quinta-feira (5) no Hospital Regional de Ferraz de Vasconcelos, segundo a Secretaria Estadual de Saúde. Nogueira disse que os médicos levantaram a hipótese de o garoto ter um aneurisma.

O outro pai dele, Carlos Laerte Amaral, afirmou que o filho não apresentava nenhum tipo de ferimento ao chegar ao hospital. “Estamos esperando o resultado da necrópsia. Ele não apresentava hematomas e está sendo investigado se houve agressão física.” Amaral também disse que o rapaz não tinha problemas na escola.

Nogueira contou que acompanhou o adolescente ao Hospital Luzia de Pinho Melo, em Mogi das Cruzes, na sexta-feira (6), para a realização de exames. “O médico do Luzia disse que não era aneurisma e ele estava com muita água no pulmão. No [Hospital] Regional, ao voltar [ainda na sexta-feira], eles colocaram um dreno e drenou tudo. Estava bem. Mas ontem [segunda-feira] recebemos a notícia do falecimento dele.”

Além de Peterson, o casal tem mais um filho adotivo. O jovem de 14 anos vivia com os pais desde os 10 anos.

 


 



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