Fiocruz detecta dengue tipo 3 no Brasil após 15 anos sem epidemia

Este subtipo não provocava epidemias no país há mais de 15 anos, o que tem gerado preocupação entre os especialistas

Fiocruz detecta dengue tipo 3 no Brasil após 15 anos sem epidemia | Fernando Frazão/Agência Brasil
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Um estudo realizado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) constatou que quatro indivíduos foram diagnosticados com o sorotipo 3 do vírus da dengue no Brasil, neste ano. Este subtipo não provocava epidemias no país há mais de 15 anos, o que tem gerado preocupação entre os especialistas devido à possibilidade de uma nova onda da doença causada por essa variante viral.

"É um indicativo de que poderemos voltar a ter, talvez não agora, mas nos próximos meses ou anos, epidemias causadas por esse sorotipo", diz o virologista Felipe Naveca, chefe do Núcleo de Vigilância de Vírus Emergentes, Reemergentes e Negligenciados da Fiocruz Amazônia e pesquisador do Laboratório de Arbovírus e Vírus Hemorrágicos do IOC/Fiocruz, que atua como referência regional para dengue, febre amarela, chikungunya, zika e vírus do Nilo ocidental.

A dengue é causada por quatro sorotipos diferentes e uma pessoa infectada por um deles pode desenvolver imunidade temporária apenas para essa linhagem, permanecendo vulnerável a outras cepas. O surgimento do sorotipo 3 é motivo de preocupação, pois muitas pessoas ainda não possuem defesas contra essa variante, o que aumenta a probabilidade de uma nova epidemia. Além disso, pacientes que já foram infectados com um tipo de dengue e contraem outra cepa têm maior risco de desenvolver casos graves da doença. 

Um estudo realizado em conjunto pela Fiocruz Amazônia e pelo Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) identificou o sorotipo 3 da dengue em análises genéticas de quatro pessoas com a doença, sendo três localizadas em Roraima, região norte do Brasil, e uma no Paraná, região sul. 

Todos os casos em Roraima são autóctones, o que significa que os pacientes foram infectados dentro do estado, sem histórico de viagem. Por outro lado, no Paraná, foi diagnosticado um caso de uma pessoa que contraiu a doença após ter vindo do Suriname.

(Com informações da Folhapress - Mônica Bergamo)



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