Fiscalização não diminui imprudência do transporte alternativo

Os alternativos existem desde 2001 e atendem, atualmente, 15% do total de passageiros.

Avalie a matéria:
|
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

A tragédia que vitimou uma criança após ser atropelada pelo veículo de transporte alternativo, no bairro Nova Teresina, levanta a discussão sobre a segurança desse meio de transporte. O menino de 11 anos estaria andando de bicicleta quando o acidente aconteceu.

Os alternativos, como são conhecidos, existem desde 2001 e atendem, atualmente, 15% do total de passageiros, o que corresponde a uma média de 20 mil pessoas utilizam o transporte diariamente. Entre esses passageiros, as reclamações são constantes. ?Às vezes eles parecem que estão desesperados: correm muito e colocam as pessoas dentro da van de qualquer jeito. Além disso, o estado de conservação é horrível?, critica o passageiro Antonio Adailton Lima.

Segundo o diretor de transporte público da Strans, Sebastião Ferraz, o objetivo do transporte alternativo é atender os bairros onde acesso dos ônibus é difícil, como as vias não pavimentadas ou ruas íngremes. Também funcionam onde a demanda não é suficiente para um veículo grande e estabelecem a ligação entre bairros de zonas opostas da cidade. ?Por isso, a superlotação e alta velocidade devido a concorrência pelos passageiros não deveria acontecer?, afirma o diretor.

A fiscalização até existe, mas ainda não consegue impedir a imprudência de alguns motoristas. ?Temos fiscais fixos e itinerantes. Os primeiros ficam nos terminais avaliando o cumprimento do quadro de horários e os outros atuam geralmente quando existem denúncias de carros que não estão seguindo os horários ou as rotas adequadas?, informa Sebastião Ferraz, incentivando os passageiros a denunciarem.

Os veículos que estiverem trafegando de forma irregular estão sujeitos a multas de R$ 200,00 a R$ 500,00. No caso do motorista que atropelou a criança, se a perícia identificar que ele foi o culpado, não haverá nenhuma penalidade específica pelo fato do homem estar dirigindo um transporte público. As punições serão de acordo com as leis de trânsito. ?Isso foi um acidente e o sistema dos alternativos não pode ser penalizado por causa disso?, opina Ferraz.

Antes de assumirem a profissão, os motoristas devem possuir o certificado de um curso de direção defensiva e relações humanas, realizado pelo Sest/Senat. A reciclagem desses profissionais só acontece a cada cinco anos, de acordo com Trajano Paulo, presidente do Sindicato dos Transportes Alternativos.



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES