Flanelinhas atuam como manobristas no centro de THE

Quem não paga os flanelinhas corre o risco de sofrer represálias.

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CONFIANÇA EM DEMASIA | Proprietários de automóveis costumam deixar as chaves do veículo com os flanelinhas | Reprodução Jornal MN
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Você entra em seu carro, coloca o cinto de segurança, dá a partida e, depois de manobrar o veículo para ir embora, uma pessoa aparece perto da porta do motorista cobrando um pagamento pelo trabalho de vigilância do automóvel – que você provavelmente nem mesmo solicitou. E quem não paga corre o risco de sofrer represálias, como ter a pintura riscada ou o retrovisor quebrado.

Praticamente todos os motoristas teresinenses já passaram por situações como essas, já que os chamados flanelinhas estão por toda a parte. E há quem confie a chave de seus veículos para que os mesmos manobrem os carros.

Na Praça da Bandeira, em frente à Igreja de Nossa Senhora do Amparo, eles se multiplicam. Taxistas que atuam na região dizem que muitos motoristas confiam as chaves dos veículos aos flanelinhas, o que coloca o carro, muitas vezes, em situação de risco.

“Já vi desaparecer pneu de estepe por aqui e também já testemunhei flanelinhas envolvendo- se em acidentes com carros de outras pessoas”, disse um taxista que preferiu não se identificar.

Ainda na Praça da Bandeira, na Rua Coelho Rodrigues, os flanelinhas também atuam na área que fica em frente a órgãos como a Prefeitura de Teresina, Fundac, CCOM, entre outros. Por lá, é comum ver flanelinhas com várias chaves penduradas na cintura – a reportagem flagrou um homem com pelo menos sete delas.

Os guardadores também estão na área que fica entre o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) e a Assembleia Legislativa do Estado, além de vários outros pontos da cidade. Na Vila Operária (zona Norte), o JMN já denunciou que eles aproveitam a elevada movimentação do local em dias de novena na Igreja de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro para atuar, cobrando pelo estacionamento na praça pública.

Há relatos de que alguns desses indivíduos pegam carros e saem para locais distantes. “Já vi um deles pegar o carro e ir do centro até o Bairro Mocambinho (zona Norte)”, completou o taxista. Como muitos dos flanelinhas (ou guardadores) estabelecem um valor para os motoristas pagarem e acabam intimidando-os caso a quantia oferecida não os satisfaça, isso pode caracterizar extorsão.

O motorista Júnior Pontes está acostumado a lidar com esse tipo de prática no dia a dia, e alerta: os flanelinhas estão sofisticando seus métodos. Tenho ouvido muitas queixas, do pessoal que estaciona ali perto do clube Atlantic City em dias de show.

Os flanelinhas encostam e entregam um papelzinho dizendo que a “vaga” custa R$ 5. Já no centro eles costumam colocar cones fechando as vagas também”, disse ele, que prefere pagar estacionamentos privativos por medo da ação dos guardadores de carro.



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