Flow Podcast anuncia desligamento de Monark após polêmica sobre o nazismo

Em pedido de desculpas, Monark diz que estava bêbado durante o programa e acabou se expressando de uma forma ‘burra’.

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Os Estúdios Flow, em pronunciamento oficial divulgado na tarde desta terça-feira (08), anunciou desligamento do youtuber Bruno Aiub, conhecido como Monark, após declarações que defendiam a existência de um partido nazista no Brasil. 

O episódio que ganhou as redes sociais aconteceu durante o programa desta segunda-feira (07), que teve como convidados os deputados federais Tabata Amaral (PSB-SP) e Kim Kataguiri (Podemos-SP). Monark disse que “esquerda radical tem mais espaço do que a direita radical no Brasil. Ele continuou e cita que, em sua opinião, ‘as duas tinham que ter espaço’. 

Flow Podcast anuncia desligamento de Monark após polêmica sobre o nazismo (Foto: Divulgação)

O ex-apresentador foi duramente criticado por famosos e diversas entidades judaicas do Brasil. Além disso, convidados de outros episódios do podcast pedem a retirada de suas participações do Youtube. Em um vídeo, Monark defendeu que a fala foi tirada de contexto e que ele considera o nazismo abominável. Monark argumentou ainda que defendeu a liberdade de expressão para "saber quem é idiota para que a gente possa ou educar essa pessoa, se for possível afastar essa pessoa e, se ela estiver cometendo um crime, punir essa pessoa". 

Já em um segundo vídeo, ele pede desculpas ao público e tenta justificar que estava bêbado durante o programa e acabou se expressando de uma forma ‘burra’. Além disso, ele pede compreensão aos seguidores. 

“Eu queria fazer esse vídeo só para pedir desculpas mesmo, porque eu errei. A verdade é essa. Eu tava muito bêbado e fui defender uma ideia que acontece em outros lugares do mundo, nos Estados Unidos, por exemplo, mas fui defender de um jeito muito burro. Eu tava bêbado e falei de uma forma muito insensível com a comunidade judaica e peço perdão pela minha insensibilidade. Mas eu peço também um pouco de compreensão. São 4 horas de conversa, fui insensível sim, errei na forma como me expressei, dá a entender que tô defendendo coisas abomináveis. Peço desculpas a toda comunidade judaica. Eu convido inclusive os maiores representantes dessa comunidade para virem conversar comigo  para me explicarem mais sobre toda a história”, disse. 

Entidades judaicas criticam Monark

As entidades que representam a comunidade judaica no Brasil se pronunciaram após a fala do apresentador. A CONIB - Confederação Israelita do Brasil condenou veemente a defesa da existência de um partido nazista no Brasil e o “direito de ser antijudeu

“O nazismo prega a supremacia racial e o extermínio de grupos que considera “inferiores”. Sob a liderança de Hitler, o nazismo comandou uma máquina de extermínio no coração da Europa que matou 6 milhões de judeus inocentes e também homossexuais, ciganos e outras minorias. O discurso de ódio e a defesa do discurso de ódio trazem consequências terríveis para a humanidade, e o nazismo é sua maior evidência histórica”, diz trecho da nota. 

Já a Federação Israelita de São Paulo também repudiou as falas de Monakr e reforçou o compromisso em combater ideias que coloquem em risco qualquer minoria. “Nós, da Federação Israelita do Estado de São Paulo, repudiamos de forma veemente esse discurso e reiteramos nosso compromisso em combater ideias que coloquem em risco qualquer minoria. Manifestações como essa evidenciam o grau de descomprometimento do youtuber com a democracia e os direitos humanos", diz o comunicado. 

 

 

 



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