Funerária de PE ajudará no embalsamento de corpos do voo 447

A estrutura montada no cemitério Morada da Paz compreende quatro salas

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A empresa grupo Vila, que atua na administração de cemitérios e execução de serviços funerários em três estados da região Nordeste, foi contratada por uma das seguradoras da companhia aérea Air France para auxiliar no embalsamento dos corpos das vítimas do voo 447. Pelo menos quatro salas do cemitério Morada da Paz, em Recife, serão utilizadas para o trabalho, ainda sem previsão de início.

De acordo com um dos gerentes do grupo, Guilherme Lithg, a unidade se comprometeu a viabilizar as atividades com a disponibilização do local e de funcionários. Contudo, a empresa contratada para o embalsamento é do Rio de Janeiro. "Nós iremos fazer a parte logística do trabalho, com as nossas dependências, nossos equipamentos e também prestando auxílio aos familiares das vítimas", explica.

Pelo contrato, assinado na última quinta-feira, o grupo Vila está proibido de revelar detalhes como os valores pagos pelo serviço e os dados da seguradora da Air France. Segundo Lithg, funcionários da empresa carioca, cuja identidade também é mantida em sigilo, estão desde sexta-feira em Recife, à espera do início dos trabalhos.

Apesar de a Aeronáutica e a Marinha terem localizado somente 50 corpos até a manhã deste sábado, o grupo Vila diz ter sido exigido no contrato uma estrutura para o embalsamento dos 228 passageiros. "Mesmo sem previsão de início dos trabalhos, nós estamos prontos. Essa disponibilidade imediata inclusive foi uma das exigências do acordo", explica o gerente.

Estrutura montada

A estrutura montada no cemitério Morada da Paz compreende quatro salas. A primeira atenderá aos familiares das vítimas, com apoio de psicólogos do grupo Vila e da companhia aérea. O segundo espaço, de uso restrito, abrigará os corpos já embalsamados. "Eles ficarão neste ambiente aguardando o traslado ao aeroporto, depois de liberados", explica Guilherme Lithg.

A equipe de Recife reservou uma terceira sala para concentrar as questões legais do processo, como todos os detalhes de documentação. No último ambiente, também de acesso restrito, os funcionários da empresa do Rio de Janeiro farão o embalsamento dos corpos. Segundo o grupo Vila, todos os espaços já estão montados e equipados.

O acidente

O Airbus A330 saiu do Rio de Janeiro no domingo (31), às 19h (horário de Brasília), e deveria chegar ao aeroporto Roissy - Charles de Gaulle de Paris no dia 1º às 11h10 locais (6h10 de Brasília).

De acordo com nota divulgada pela FAB, às 22h33 (horário de Brasília) o voo fez o último contato via rádio com o Centro de Controle de Área Atlântico (Cindacta III). O comandante informou que, às 23h20, ingressaria no espaço aéreo de Dakar, no Senegal.

Às 22h48 (horário de Brasília) a aeronave saiu da cobertura radar do Cindacta, segundo a FAB. Antes disso, no entanto, a aeronave voava normalmente a 35 mil pés (11 km) de altitude.

A Air France informou que o Airbus entrou em uma zona de tempestade às 2h GMT (23h de Brasília) e enviou uma mensagem automática de falha no circuito elétrico às 2h14 GMT (23h14 de Brasília). A equipe de resgate da FAB foi acionada às 2h30 (horário de Brasília).



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