Galos se recuperam e são estudados na Embrapa

Galos terão um destino diferente, e por sinal bem mais produtivo: serão estudados na Embrapa

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Galos se recuperam e são estudados | José Alves
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Há quase duas semanas eles eram os personagens principais de um impasse. Hoje, são os protagonistas de um projeto pioneiro em todo o país. Enquanto uns queriam sacrificar e outros reaver, os galos de briga apreendidos no último dia 14 deste mês, em uma rinha na região da Cerâmica Cil, terão um destino diferente, e por sinal bem mais produtivo: serão estudados.

Dispostos agora em locais bem mais saudáveis, com comida e ração à vontade, os animais (ao que parece) se recuperam bem em uma das áreas da Embrapa Meio Norte, apesar de alguns ainda apresentarem sinais claros de sofrimento devido aos mau-tratos que vinham sofrendo. Dos 140 galos apreendidos, apenas 127 foram transferidos para a Embrapa e dois ainda morreram nos últimos dias, segundo funcionários do local.

No momento, pesquisadores da Embrapa Meio Norte fazem a retirada do DNA dos animais. Segundo Firmino Barbosa, profissional responsável pela pesquisa, o material vai ser o primeiro passo de um trabalho que não existe em lugar nenhum do país, quiçá do mundo. ?O que pretendemos é analisar e avaliar todas as suas características. Esse galo, conhecido como ?galo de briga?, é descendente direto do galo mais antigo do mundo, ele guarda as características de seu ancestral. Ele naturalmente não é de combate, mas ao longo dos anos foi sendo aperfeiçoado para isso; a sua genética foi direcionada para a briga?, explica.

Firmino ressalta que não é isso o que ele tem de melhor e sim a sua rusticidade e sua capacidade de formação muscular. ?Esses são animais fortes e rústicos e através de estudos e pesquisas podemos direcionar com alguns procedimentos para outro caminho além da agressividade. Vamos trabalhar em várias linhas de pesquisa e acredito que daqui a seis meses teremos resultados satisfatórios?, afirma.

O primeiro passo, segundo o pesquisador, será estudar o comportamento do animal. ?Vamos analisar porque de sua agressividade e tentar direcioná-la. Mas, além disso, teremos outras linhas de pesquisa como a moformétrica, onde analisaremos o tamanho e o peso do animal, depois a sanitária, vamos fazer uma parceria com pesquisadores da UFPI para fazer pesquisa bacteriológica. Dizem que eles tomavam

anabolizantes e esteróides, por quanto tempo essas substâncias ficaram no corpo do animal é que saberemos?, conta.



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