Gel brasileiro antiaids é testado

Gel brasileiro antiaids é testado

|
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

Desenvolvido h? 13 anos pelo Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), em conjunto com a Universidade Federal Fluminense (UFF) e a Funda??o Ataulpho Paiva, um gel brasileiro a base de algas marinhas para preven??o da Aids est? sendo testado na Inglaterra. Utilizado por mulheres antes das rela?es sexuais, o gel microbicida est? sendo avaliado desde o in?cio do m?s no Saint Georges Medical School, de Londres, institui??o especializada em testes em tecidos da regi?o genital feminina, como a vagina e o colo do ?tero.

De acordo com a coordenadora do Laborat?rio de Virologia da UFF, Isabel Paix?o, os testes s?o feitos a partir da t?cnica de explantes, que permite que tecidos humanos sejam retirados e mantidos vivos em laborat?rio para a aplica??o de subst?ncias. Segundo ela, a tecnologia est? sendo transferida e passar? a ser utilizada no Brasil ainda este ano, para o teste tanto do gel como de outros tipos de subst?ncias de interesse m?dico.

"A grande contribui??o da Inglaterra ? que eles est?o trazendo uma t?cnica que n?s n?o t?nhamos, mas ela ? simples e ser? facilmente realizada no Brasil", disse a pesquisadora respons?vel pelos estudos que comprovaram o efeito das algas contra o HIV.

Encontrado em algas marinhas pardas n?o-t?xicas encontradas em abund?ncia no Atol das Rocas (RN), mas presentes em outros pontos do litoral brasileiro, o agente qu?mico que serve de mat?ria-prima para o gel ? capaz de inibir em at? 95% a multiplica??o do v?rus da aids. A subst?ncia foi isolada pela pesquisadora Val?ria Teixeira (UFF) entre 1995 e 2000. A partir de ent?o, as pesquisas passaram a envolver tamb?m cientistas do Instituto Osvaldo Cruz e da Funda??o Ataulpho de Paiva.

Ao mesmo tempo ? avaliado em Londres, o gel come?ou a ser testado este m?s no Brasil em camundongos. De acordo com a pesquisadora da UFF, at? agora n?o foram encontrados efeitos t?xicos, repetindo resultados anteriores alcan?ados em c?lulas humanas sang??neas isoladas em laborat?rio.

Para Paix?o, a aus?ncia de toxidade, o baixo custo de produ??o e a autonomia que o produto pode dar ?s mulheres na preven??o ? aids s?o as principais vantagens do gel em estudo. "A maior import?ncia ? dar ? mulher certa independ?ncia. Ela pode se prevenir mesmo se o homem n?o quiser usar camisinha", destacou.

Os testes que come?aram este m?s em Londres e prosseguem at? o final deste ano tanto na Inglaterra como no Brasil. Em caso de resultado positivo, o gel poder? ser testado em mulheres a partir de 2009.

A estimativa da pesquisadora ? que a fase cl?nica, de testes em humanos, dure at? dois anos, antes que o gel possa ser definitivamente aprovado. Somente ent?o, pode se pensar num processo de produ??o em escala. A cientista alerta, no entanto, que o gel n?o substituir? o uso de preservativos na preven??o de outras doen?as sexualmente transmiss?veis, j? que sua a??o protetora diz respeito apenas ao HIV.



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES