General Mourão deve assumir Presidência por duas semanas em 2019

O presidente eleito Jair Bolsonaro tinha uma cirurgia prevista para 12 de dezembro deste ano para retirada da bolsa de colostomia. Quer dizer, a cirurgia e a recuperação seriam realizadas com tempo hábil antes de sua posse. Porém Bolsonaro fez exames na sexta-feira (23) que apontaram uma inflamação do peritônio. Por conta disso, o procedimento foi adiado para ano que vem, ou seja, após a sua posse em 1º de janeiro de 2019.

Os médicos que atendem o futuro presidente estimam que para cirurgia será necessário pelo menos 5 dias de internação na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Albert Einsten, em São Paulo. Em seguida ao menos 10 dias em casa se recuperando. Enquanto isso, Hamilton Mourão, vice-presidente no mandato de Jair Bolsonaro deve assumir a Presidência por cerca de 15 dias.

Por ora, não há uma previsão de quando a operação será realizada. O candidato eleito do PSL fará novos exames em janeiro do ano que vem, que vão indicar uma nova data para realização do procedimento cirúrgico. Segundo informações de O Globo os últimos exames apontaram que, apesar da inflamação, Bolsonaro está “bem clinicamente” e mantém “ótima evolução” do seu quadro clínico.

Por conta da cirurgia que estava marcada para 12 de dezembro o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) havia antecipado para 10 de dezembro a diplomação do presidente eleito e do general Hamilton Mourão. Além disso, não havia sido definida uma data para que o presidente eleito fizesse primeira viagem internacional com destino ao Chile.

Jair Bolsonaro recebeu uma facada em Juiz de Fora (MG) enquanto fazia campanha para se eleger. Na ocasião ele  esteve 24 dias internado após ter passado por uma cirurgia na cidade em que sofreu o atentado.

Durante as eleições, Mourão fez algumas declarações consideradas desastrosas pela cúpula da campanha. Por conta disso, Bolsonaro pediu que o general ficasse longe de polêmicas. Dentre as declarações Hamilton chegou a dizer que famílias formadas por mães e avós eram “fábricas de desajustados”. Sugeriu também que uma nova Constituição deveria ser escrita por notáveis, entre outros comentários.