Gilbués entre as 10 com mais tempo sem chuvas no Brasil

Volume de chuva neste inverno foi menor do que média histórica para período

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A massa de ar seco que atua sobre o interior do país desde julho levou cidades do Centro-Oeste, Norte e Nordeste a registrar recordes de tempo seco. A pedido, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) levantou as dez cidades brasileiras com o maior período sem chuvas em 2010, até 22 de setembro.

"A estiagem prolongada já era prevista entre junho, julho e agosto, por ser uma característica do inverno. Ainda assim, essa foi uma estação muito seca, com volume de chuva reduzido, menor do que a média histórica para o período. Tivemos registros semelhantes apenas em 2004, 2006 e 2008", diz a meteorologista Priscila Farias, do Grupo de Previsão Climática do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Cptec/Inpe).

Em primeiro lugar no "ranking", há 165 dias sem chuvas, está a cidade baiana de Santa Rita de Cássia, que, segundo a Defesa Civil Estadual da Bahia, apesar da seca, não está em situação de emergência.

Mesmo sem decreto oficial, a Prefeitura de Santa Rita de Cássia afirma que a situação é crítica na zona rural da cidade, onde não há grandes rios. A prefeitura deve solicitar, segundo sua assessoria de imprensa, o decreto de calamidade pública, nos próximos dias.

Das 11 cidades destacadas pelo Inmet por estarem há mais dias sem chuva, apenas Brasília decretou situação de emergência, e devido às queimadas que afetam a região. Segundo a Defesa Civil, os prejuízos são causados pelas chamas e pela baixa umidade relativa do ar, consequências da falta de chuva.

"Com o início da primavera, a tendência é de mais possibilidade de chuva na região central do país. Devido à transição entre a estação seca e a estação chuvosa, esperamos dias com pancadas de chuva no fim da tarde", afirma Priscila.

Rios auxiliam na irrigação

Na Bahia, nas cidades de Barreiras e Luís Eduardo Magalhães, a população consegue lidar com a falta de chuva graças aos rios que cortam a região. "Nesta época do ano é comum a falta de chuva, mas raramente há decreto de emergência porque é uma área irrigada por muitos rios. Chuva demais nessas regiões até prejudica a produção de frutas", afirma Paulo Sérgio Menezes, coordenador adjunto da Defesa Civil da Bahia.

Nas três cidades baianas que aparecem no ranking, segundo Menezes, há registros de incêndios florestais e queimadas, mas as chamas estão sob controle.

Os rios também são aliados, na falta de chuva, em cidades de Goiás e do Tocantins. Segundo a Defesa Civil, os principais prejuízos causados pela estiagem, em regiões cortadas por grandes rios, são as queimadas e a baixa umidade relativa do ar.

VEJA O RANKING:

1º Santa Rita de Cássia (BA)* 165 dias

2º Goianésia (GO) 156 dias

3º Confresa (MT) 153 dias

4º Gurupi (TO) 141 dias

5º Peixe (TO) 140 dias

6º Barreiras (BA) 132 dias

7º Santana do Araguaia (PA) 124 dias

8º Gilbués (PI) 122 dias

Luís Eduardo Magalhães (BA) 122 dias

9º Brasília (DF) 119 dias

10º Posse (GO) 118 dias

* considerando a chuva de 1 mm no dia 24/05, o período sem chuva na cidade é de 117 dias.

Fonte: Inmet



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