Gilmar Mendes afirma que Janot tem que procurar ajuda psiquiátrica

Ex-PGR revelou em entrevista ter ido armado ao STF para matá-lo e em seguida cometer suicídio

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O ministro Gilmar Mendes divulgou um nota na manhã desta sexta-feira (27) repudiando as falas do ex-PGR, Rodrigo Janot que revelou em entrevista ter ido armado ao STF para matá-lo e em seguida cometer suicídio. ''Recomendo que procure ajuda psiquiátrica'', disse trecho da nota. 

"Dadas as palavras de um ex-procurador-geral da República, nada mais me resta além de lamentar o fato de que, por um bom tempo, uma parte do devido processo legal no país ficou refém de quem confessa ter impulsos homicidas", acrescentou.

Mendes afirmou, ainda, estar surpreso com a declaração de Janot. ''Sempre acreditei que, na relação profissional com tão notória figura, estava exposto, no máximo, a petições mal redigidas. Agora ele revela que eu corria também risco de morrer". 

CONFIRA NA ÍNTEGRA

Dadas as palavras de um ex-procurador-geral da República, nada mais me resta além de lamentar o fato de que, por um bom tempo, uma parte do devido processo legal no país ficou refém de quem confessa ter impulsos homicidas, destacando que a eventual intenção suicida, no caso, buscava apenas o livramento da pena que adviria do gesto tresloucado. Até o ato contra si mesmo seria motivado por oportunismo e covardia.

O combate à corrupção no Brasil — justo, necessário e urgente — tornou-se refém de fanáticos que nunca esconderam que também tinham um projeto de poder. Dentro do que é cabível a um ministro do STF, procurei evidenciar tais desvios. E continuarei a fazê-lo em defesa da Constituição e do devido processo legal.

Confesso que estou algo surpreso. Sempre acreditei que, na relação profissional com tão notória figura, estava exposto, no máximo, a petições mal redigidas, em que a pobreza da língua concorria com a indigência da fundamentação técnica. Agora ele revela que eu corria também risco de morrer.

Se a divergência com um ministro do Supremo o expôs a tais tentações tresloucadas, imagino como conduziu ações penais de pessoas que ministros do Supremo não eram. Afinal, certamente não tem medo de assassinar reputações quem confessa a intenção de assassinar um membro da corte constitucional do país. Recomendo que procure ajuda psiquiátrica. Continuaremos a defender a Constituição e o devido processo legal. Acho que nada precisa ser acrescentado.



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