Gorduras na alimentação afetam gestantes e podem alterar cérebro do bebê

Cerca de 45% das mulheres obesas no Brasil ganharam peso após a gravidez e 56% durante a gestação, dados que assustam obstetras de todo o país.

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A gravidez é um momento delicado e requer cuidados especiais, principalmente quando o assunto é a alimentação, já que nessa fase, tem relação direta com a saúde da mãe e a do bebê, tanto na vida intrauterina como no futuro.

Cerca de 45% das mulheres obesas no Brasil ganharam peso após a gravidez e 56% durante a gestação, dados que assustam obstetras de todo o país.

Segundo recentes estudos, a ingestão continuada de alimentos gordurosos ou o excesso de peso durante a gestação pode provocar alterações no cérebro dos bebês em desenvolvimento, assim como pode aumentar as chances de obesidade e diabetes tipo 2 na vida adulta destas crianças.
O obstetra David Batista explica que gestantes a partir do terceiro mês de gravidez devem ingerir apenas 300 calorias a mais do que o normal, totalizando 2.800 calorias por dia. Considera-se que as gestantes de baixo peso ganham em torno de 15 kg; as de peso adequado, entre 10 a 12 kg; e as com sobrepeso ou obesas, entre 6kg e 7kg.

“Ganhar peso excessivamente no período gestacional ou iniciar esse período com sobrepeso ou obesidade são fatores de risco para a gestante que pode ter complicações como diabetes, hipertensão e pré-eclâmpsia,
principalmente no final da gestação, e para o bebê que pode nascer com sobrepeso ou problemas de desenvolvimento”, alerta o especialista.
A obesidade durante a gestação também está associada ao maior índice de mortalidade dos recém-nascidos, principalmente no período perinatal, além do nascimento de crianças com defeito no tubo neural, estrutura que dá origem ao cérebro e à medula. A média de peso dos bebês também é maior que o normal, o que pode provocar riscos obstétricos durante o parto, contribuindo para a maior taxa de cesáreas.

David Batista esclarece que as mulheres que ganham muito peso durante a gravidez têm hábitos alimentares ruins e que, possivelmente, continuam depois do nascimento do bebê, o que pode afetar também o recém-nascido na amamentação. “É importante que a gestante com sobrepeso receba orientação alimentar adequada para não colocar a sua vida e de seu bebê em risco”, disse.

Algumas maternidades oferecem às suas pacientes um programa nutricional personalizado, com uma alimentação balanceada para essa fase, contribuindo para a redução do número de gestantes obesas.

“Acompanhamos as gestantes ainda no pré-natal para que já se adaptem a nova alimentação e finalizamos após a nascimento do bebê.

Além de um cardápio com uma alimentação rica em nutrientes, ferro e fibras, damos dicas de alimentos de ajudam na prisão de ventre, muito comum nesse período e alimentos que irão melhorar a amamentação”, conta a nutricionista Cristiane Carneiro.

Cristiane recomenda que as gestantes fracionem as refeições em seis a oito vezes ao dia, com pequenas quantidades, e mastigue devagar. Consuma alimentos com baixo teor de gordura e evite ingerir líquidos durante as refeições, para facilitar a digestão e evitar azia. O ferro pode ser mais bem absorvido se consumido com frutas ricas em vitamina C, como kiwi, laranja, limão, acerola, tangerina e abacaxi.



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