Governadores pedem R$ 1 bilhão do fundo da Petrobras para Amazônia

Governadores da Amazônia Legal se reuniram em Brasília para discutir recursos para combate às queimadas

| Nelson Jr./SCO/STF
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

Os governadores dos estados que compõe a região amazônica defenderam nesta quarta-feira (28), em reunião com representantes do Judiciário e do Legislativo em Brasília, a destinação de R$ 1 bilhão do fundo bilionário da Petrobras – de R$ 2,5 bilhões – para o combate às queimadas na Amazônia.

Participaram do encontro no Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Alexandre de Moraes, o governador do Amapá, Waldez Góes (PDT), o governador de Roraima, Antônio Denarium (PSL), o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP).

Após a reunião, Waldez Góes, que representou os demais governadores, afirmou que do total de R$ 1 bilhão, R$ 400 milhões seriam destinados diretamente aos nove estados que compõe a Amazônia Legal, R$ 200 milhões iriam para o Ministério do Meio Ambiente e R$ 400 milhões seriam para o governo federal aplicar em atividades da Amazônia.

A Amazônia Legal é composta pelos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins e Mato Grosso, e municípios do Maranhão.

"Estamos acreditando que diante da carência de recursos e dificuldades de retomada do Fundo Amazônia e de também poder receber o que o G7 está disponibilizando, temos uma situação nova que pode acontecer com maior rapidez", afirmou sobre a disponibilização desses recursos.

Após a reunião com os governadores, o ministro Alexandre de Moraes participou de uma segunda reunião para discutir a liberação do fundo. A proposta era fechar um acordo com o governo sobre o valor que seria destinado à Amazônia.

Dessa segunda reunião participaram o advogado-geral da União, André Mendonça, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, e o secretário especial adjunto do Ministério da Economia, Esteves Colnago. Ninguém se pronunciou após a segunda reunião.

Na terça-feira (27), a AGU pediu que o STF determine a aplicação de R$ 500 milhões do fundo bilionário da Petrobras para o combate às queimadas na Amazônia. O pedido foi oficializado em documento assinado pelo advogado-geral da União, André Mendonça.

Segundo a AGU, do restante do valor, a maior parte deve ir para educação – R$ 1,5 bilhão, R$ 250 milhões para políticas de primeira infância (crianças de até seis anos) e R$ 250 milhões para Ciência e Tecnologia.

Nelson Jr./SCO/STF

Dinheiro da Petrobras

O fundo de R$ 2,5 bilhões é resultado de acerto da Petrobras e da força-tarefa da Operação Lava Jato.

Para encerrar investigações sobre a empresa nos Estados Unidos, a Petrobras acordou com autoridades norte-americanas o pagamento de US$ 853,2 milhões. Desse valor, US$ 682 milhões devem ser aplicados no Brasil - cerca de R$ 2,5 bilhões.

O montante foi depositado em uma conta judicial, mas está bloqueado. Inicialmente, a força-tarefa da Lava Jato havia feito um acordo com a Petrobras para criar um fundo privado com parte dinheiro. Mas o ministro do STF, Alexandre de Moraes, suspendeu o ato.

Além da possibilidade de destinação para a Amazônia, há consenso de que a educação deve receber uma parte dos valores.

Recursos do G7

O governador voltou a defender que o Brasil aceite recursos do G7 – grupo que reúne sete das principais economias do mundo.

Ele disse que os estados estão consultando suas procuradorias sobre a possibilidade de poderem aceitar a doação diretamente do G7, sem passar pelo governo federal.

"Um instrumento novo que surge é o consórcio da Amazônia Legal, assim como a gente pode fazer compras corporativas nós também podemos estabelecer parcerias com a comunidade nacional e internacional. É um caminho que nós estamos buscando", afirmou.

Nesta terça-feira (27), após reunião com o presidente Jair Bolsonaro, governadores de estados que compõem a Amazônia Legal defenderam a ajuda oferecida por outros países para combater os incêndios na Amazônia e preservar a floresta (veja no vídeo abaixo).

Na última segunda-feira (26), o G7 anunciou uma ajuda de US$ 20 milhões (cerca de R$ 82 milhões) para combater incêndios na floresta Amazônica.

Após troca de ofensas entre o presidente Jair Bolsonaro e o presidente francês, Emmanuel Macron, o ministro Onyx Lorenzoni, da Casa Civil, chegou a dizer que governo rejeitaria a ajuda do G7.

Nesta terça-feira (27), Bolsonaro disse que o presidente da França, Emmanuel Macron, teria de "retirar insultos" contra ele e contra o Brasil antes de considerar aceitar a ajuda de US$ 20 milhões dos países do G7 para combate a incêndios.

Nelson Jr./SCO/STF 



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES