Governo brasileiro confirma 14 militares mortos no terremoto do Haiti

Ministro Tom Jobim e comitiva está no local da tragédia

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Criança após tremor | Matthew Marek/AFP
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O Exército brasileiro informou nesta quinta-feira (14) que o número de militares brasileiros mortos o Haiti aumentou para 14 ? 13 dos mortos integravam o Comando do Batalhão Brasileiro, conhecido como Brabatt, e um estava a serviço da Minustah, a missão de paz da ONU (Organização das Nações Unidas). Ainda há quatro oficiais desaparecidos. A instituição diz que há 12 militares feridos ? eles devem ser mandados de volta ao Brasil hoje.

Cerca de 70 haitianos feridos em estado grave foram atendidos na base Charles, relata a Agência Brasil. Estas pessoas se recuperam em alojamentos improvisados. As dificuldades de atendimento médico são unanimidade nos relatos sobre a condição do país.

O jornal francês Le Figaro, por exemplo, citou que o ministro das Relações Exteriores da França, Bernard Kouchner, disse que 60 pessoas feridas serão transferidas ainda nesta manhã para a Martinica para receber tratamento médico.

Do Haiti, a embaixatriz brasileira no país, Roseana Kipman, relatou à Agência Brasil que há ainda 16 padres soterrados. Ela estava ao lado de Zilda Arns, fundadora da Pastoral da Criança, pouco antes do desabamento do prédio que acabou provocando a morte de Arns. Kipman disse:

- Ela estava saindo da escola quando o prédio desabou. Fui pessoalmente pegar o corpo dela.

General brasileiro pede água e remédios a Jobim

Mal chegaram ao Haiti, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, e os integrantes que estavam no primeiro voo do Brasil que desembarcou naquele país após o forte terremoto de 7 graus de terça-feira (12) ouviram sobre as principais necessidades na região: água, remédios, máquinas para remover escombros e entulhos, médicos e engenheiros.

- Precisamos desses equipamentos com urgência para tentar salvar pessoas que estão vivas debaixo dos escombros -, disse o general brasileiro Floriano Peixoto Vieira, comandante militar da Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti (Minustah), segundo publicou a Agência Brasil.

- Nosso primeiro trabalho foi usar a engenharia para desobstruir as principais vias da cidade. Mas ainda não conseguimos chegar para ajudar. Não temos condição de avaliar o número de mortos. Sabemos que é uma quantidade muito elevada ? afirmou o comandante.

Ainda na quarta-feira, o primeiro-ministro do Haiti, Jean-Max Bellerive, disse que o número de mortos pode ultrapassar os 100 mil.

O tremor fez ruir os três principais hospitais da cidade e derrubou pelo menos dois grandes hotéis, além de destruir prédios públicos, como o Senado, que desabou em pleno funcionamento, e o Palácio Presidencial. Em entrevista para a rede CNN, o presidente do país René Preval afirmou que também estavam sem um local para dormir.

egundo relato da Agência Brasil, centenas de haitianos se concentram pedindo ajuda em frente à base Charles, onde fica a maior parte do contingente brasileiro no Haiti.

Também estão na base Charles os corpos de 11 militares brasileiros mortos e da coordenadora da Pastoral da Criança, Zilda Arns, que fazia uma palestra para padres e seminaristas quando ocorreu o terremoto.

- Fui pessoalmente pegar o corpo dela. Sei que ainda há 16 padres soterrados, disse a embaixatriz brasileira no Haiti, Roseana Kipman.

Após ouvir o relato do militares, Jobim disse que a intenção do governo brasileiro é montar hospitais de campanha para atender os feridos. De acordo com o ministro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva recomendou a montagem dos hospitais.

Além do Brasil, também já desembarcaram no Haiti voos de ajuda de diversos países como México, Venezuela, Estados Unidos e China, entre outros.



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