O presidente da Rússia, Vladimir Putin, acaba de reeditar um decreto da era stalinista, que premia as mães russas que tiverem seu décimo filho, com medalha e ajuda financeira equivalente a US$ 16.500.
A meta do programa “Mãe Heroína” é encorajar a população a ter famílias numerosas e, com isso, combater o declínio da taxa de natalidade no país, que certamente terá reflexos com a guerra que ele promove na Ucrânia.
CRESCIMENTO POPULACIONAL
No comando da Rússia há 22 anos, o presidente é obcecado por obter o crescimento demográfico também como uma forma nostálgica de reforçar o poder nos moldes do império russo. O país vem registrando perda populacional em ritmo acelerado desde a década de 1990, quando a União Soviética colapsou.
A transição para o modelo capitalista, veio acompanhada de crise econômica, desemprego e alcoolismo. Além da queda da taxa de natalidade e o crescimento da mortalidade, a imigração caiu e o êxodo de russos para outros países aumentou. Em contrapartida, a propaganda antiaborto ganhou força no país.
O modelo proposto pelo presidente teve resultados, mas a pandemia do novo coronavírus e, mais recentemente, o recrutamento para a guerra, que Putin chama de operação militar especial, estancaram a motivação dos casais a aumentarem suas famílias. O declínio populacional triplicou nos últimos dois anos.
DECRETO REATIVADO
De acordo com o decreto assinado esta semana, a mãe com dez filhos será condecorada com medalha e dinheiro, nos mesmos moldes de reconhecimento de heróis russos por serviços à pátria. A prole precisa estar viva e bem cuidada, embora o governo admita exceções para os mortos em serviço militar ou ataques terroristas.
O incentivo financeiro é 150% maior do que o salário médio anual, mas Putin enfrenta outra guerra: persuadir as mães russas a procriarem.
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