Governo suíço quer restringir “turismo suicida”

Dezenas de estrangeiros viajam para a Suíça para cometer o suicídio assistido com o auxílio desses grupos

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O governo da Suíça anunciou que apresentará duas propostas ao Parlamento para endurecer as leis sobre o suicídio assistido no país.

Segundo a ministra da Justiça, Eveline Widmer-Schlumpf, as medidas têm como objetivo restringir o que chamou de "turismo suicida" --quando estrangeiros viajam à Suíça para utilizar os serviços de organizações especializadas na prática, como a Dignitas.

A correspondente da BBC em Genebra Imogen Foulkes, afirmou que nos últimos anos, dezenas de estrangeiros --principalmente da Alemanha e do Reino Unido, onde a prática é proibida- viajam para a Suíça para cometer o suicídio assistido com o auxílio desses grupos.

Foulkes afirma que o governo suíço está dividido sobre a prática e que, portanto, apresentou duas propostas ao Parlamento.

A primeira prevê a proibição total do suicídio assistido, enquanto a segunda, que tem mais chances de ser aprovada, limitaria a prática aos doentes terminais, que terão que provar com dois médicos independentes que a doença é incurável, que provavelmente morrerão em alguns meses e que tomaram uma decisão bem informada e não recente de terminar suas vidas.

Dignitas

Todas essas condições afetariam a prática da organização Dignitas, que já ajudou pacientes com doenças crônicas e mentais a cometer suicídio.

A organização tem sido alvo de críticas na Suíça porque ajuda pacientes que não tem doença terminal e também pela velocidade com que auxilia os clientes estrangeiros.

Foulkes afirma que em alguns casos, os pacientes estrangeiros que procuram o grupo viajam à Suíça, são consultados por um médico da organização e morrem dentro de horas.

A Dignitas afirmou que as propostas são ultrapassadas e disse ainda que, se for necessário, forçará uma votação nacional sobre a questão.

A clínica foi criada pelo advogado Ludwig Minelli em 1998 como uma organização sem fins lucrativos. O suicídio assistido é permitido pelas leis suíças desde que quem contribui para que ele aconteça não ganhe com isso.

A prática é proibida em vários países e quase mil pessoas já viajaram para a Suíça para morrer com a ajuda da organização.



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