Gráfica do Jornal Meio Norte celebra “família de 27 anos”

Quem vê a edição do Jornal Meio Norte pronta não imagina todo o trabalho que exige para que saia tudo perfeito. Cadernos alinhados, cores vivas, edição exata. Isso passa pelo trabalho dos jornalistas da casa, mas também dos 12 profissionais gráficos envolvidos no processo. "Somos uma família de 27 anos", celebra o funcionário Reginaldo Pereira da Silva. 

A turma é quase toda a mesma. Eles trabalham entre as placas de alumínio que são impressas para funcionar como carimbos sob cada cor, além do papel límpido de pó de celulose e as tintas. Um processo e tanto que depende de um maquinário pesado, importado da Europa. 

A "turma" da gráfica é quase toda a mesma em 27 anos. Crédito: Lucrécio Arrais.

Marco Aurélio Serra, coordenador da gráfica, explica que o Jornal Meio Norte celebra 27 anos de credibilidade com uma função primorosa. 

“O jornal não pode acabar. Sempre vão ter publicações oficiais. Sobre os insumos, acredito que possa diminuir, mas não acabar. Estamos acompanhando a tecnologia”, revela. 

Páginas são impressas em placas de alumínio, que funcionam como carimbos. Crédito: Lucrécio Arrais.

Muitas histórias para contar… 

Antônio de Pádua, encadernador há mais de duas décadas, explica que a infraestrutura da gráfica passou por três endereços. 

“A gente começou na Avenida centenário. Depois a gente foi para a Frei Serafim, até que mudamos para cá no Monte Castelo”, lembra. 

Turma da gráfica tem muita história para contar. Crédito: Lucrécio Arrais.

Reginaldo, que trabalha na circulação, revela que este é o seu primeiro emprego até hoje. Antes, ele passou por todos os setores. 

"Eu comecei como entregador. Estou muito orgulhoso de trabalhar aqui. Em 27 anos, nunca atrasou o pagamento. De todos os setores que passei, posso garantir que a gráfica é o mais desafiador. O Jornal Meio Norte significa tudo na minha vida. É experiência de vida, minha história se confunde com a daqui. Tudo que conquistei, casa, carro, educação das minhas filhas, vem daqui", considera. 

Domingos Santos Ananias, de 60 anos, dedica os últimos 23 anos de vida à gráfica do Jornal Meio Norte. 

“O que dá mais trabalho é fazer tudo certinho. Aqui não pode errar de jeito nenhum. Eu gosto muito do trabalho, somos praticamente uma família. A maioria está aqui há mais de 20 anos”, aponta. 

Já Fernando Marques Aguiar, também gráfico, conta que “aqui foi meu primeiro e único emprego. No dia 3 de dezembro completo 20 anos de empresa”, comemora. 

De lá para cá… 

Fundado no dia 1º de janeiro de 1995, o Jornal Meio Norte surgiu como o primeiro impresso piauiense a circular nas segundas-feiras. Rapidamente se tornou o mais lido do Piauí, ranking que ocupa até hoje. De lá para cá, o impresso se transformou para melhor, usando a internet e as plataformas do meionorte.com como alicerce para se perpetuar. Com milhares de assinaturas físicas e online, o veículo se consagra com a credibilidade e a confiança do povo piauiense. 

O Jornal Meio Norte evoluiu em volume de páginas e na qualidade gráfica ao longo dos anos. Em 2003, inovou e lançou um novo projeto gráfico ousado, sendo o primeiro diagramado por computador, o que causou impacto pela quantidade de cores utilizadas, principalmente na capa. 

Jornal Meio Norte dispõe de edição física e digital. Crédito: Lucrécio Arrais.

Dois anos depois, em 2005, o jornal Meio Norte inovou mais uma vez ao abolir as fotos de papel, usando conteúdo 100% digital. Já em 2006, o impresso passa a ter versão digital para smartphones, tablets e computadores, tornando-se mais íntimo dos meios digitais. 

Em 28 de janeiro de 2017, o Jornal Meio Norte inova mais uma vez. Seguindo uma tendência internacional, as edições de sábado e domingo se fundiram em um caderno especial robusto, que passa a circular aos finais de semana.