Greve fica mais forte com adesão de enfermeiros

Mais uma categoria de servidores municipais aderiu ao movimento grevista que já dura quase 30 dias em Teresina

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Os enfermeiros, auxiliares e técnicos de Enfermagem iniciaram ontem uma greve por tempo indeterminado. A princípio, o plano era realizar uma paralisação de três dias, mas a falta de negociação com a prefeitura levou os servidores a cruzarem os braços por mais tempo.

Com isso, a partir de sexta-feira, apenas 30% dos profissionais estarão trabalhando. Dentre as principais reclamações estão os baixos salários pagos aos profissionais.

Na manhã de ontem, a categoria se reunião em frente à Prefeitura Municipal de Teresina com o objetivo de formar uma comissão para ser recebida pelo prefeito, com o objetivo de discutir as principais reivindicações do movimento. Mas isso não aconteceu.

Na semana passada, os profissionais se reuniram com o presidente da Fundação Municipal de Saúde, Luiz Lobão, mas segundo eles, não houve nenhum avanço. Houve ainda reunião com o presidente da Fundação Hospitalar, Aderivaldo Andrade, mas as negociações também não avançaram.

?A única das nossas reivindicações que eles se mostraram dispostos a analisar foi o nosso Plano de Cargos, Carreiras e Salários, mas isso não é suficiente.

Tem muitos outros pontos que precisam ser mudados?, disse o presidente do Sindicato dos Enfermeiros, Auxiliares e Técnicos em Enfermagem do Piauí, Erick Riccely.

Os servidores querem reajuste salarial, reajuste no valor pago pelos plantões dos enfermeiros e dos técnicos de enfermagem. ?Os técnicos ganham apenas R$ 24 pelo plantão de 12 horas.

O pessoal da atenção básica está há 12 anos sem reajuste, enquanto todos os outros profissionais tiveram seus vencimentos reajustados. Nós queremos que isso mude e que nossas reivindicações sejam aceitas?, afirmou.

Além disso, a categoria briga ainda por uma melhoria do Plano de Cargos, Carreiras e Salários e ainda pela separação do PCCS dos enfermeiros dos demais profissionais, a regularização da responsabilidade técnica dos enfermeiros da atenção básica, dentre outros.

Servidores se articulam para voltar a acampar em frente à prefeitura

A greve dos servidores municipais de Teresina já dura quase 30 dias e setores como educação e saúde continuam comprometidos.

Durante todo o dia de ontem, os grevistas se mobilizaram para voltar a acampar em frente a Prefeitura Municipal de Teresina. Eles fizeram isso na semana passada, mas foram retirados, no sábado, pela polícia.

O acampamento é uma forma que os servidores acharam para protestar contra a falta de negociação por parte do prefeito Firmino Filho. ?Nós vamos ficar na frente da prefeitura para ele não ter desculpa.

Estamos no local de trabalho dele, só esperando ele nos receber para negociar?, disse o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (Sindserm), Sinésio Soares. Ele acrescenta ainda que a classe ficará acampada no local a partir do momento que recuperarem seu material que foi levado no sábado.

?Queremos de volta nossas barracas, nossa televisão, bebedouro, dentre outros objetos que foram levados?, completou Sinésio. Segundo ele, a ação da prefeitura de mandar retirá-los foi ilegal e a ação da polícia foi truculenta.

?Nós fizemos tudo certo. Nós não precisamos pedir permissão para ninguém para fazer esse tipo de ato, mas precisamos avisar e foi isso que fizemos. Notificamos a SDU para que ficasse ciente que íamos acampar e agiram conosco de forma ilegal?, reclamou.



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