Há 10 anos: avião que sumiu com 239 pessoas nunca foi encontrado

Avião ia da Malásia para a China quando sumiu do radar. Caso é considerado um dos mais emblemáticos da história da aviação mundial

Desaparecimento de aeronave completa uma década em 2024 | Imagem: Divulgação
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O voo MH370 da Malaysia Airlines desapareceu misteriosamente em 8 de março de 2014, 40 minutos após a decolagem em Kuala Lumpur, Malásia. O avião, um Boeing 777-200, estava a caminho de Pequim, China, com 239 pessoas a bordo, a maioria chineses. O desaparecimento ocorreu em condições meteorológicas consideradas boas, mas o avião sumiu repentinamente dos radares e nunca foi encontrado. Este evento permanece um dos maiores mistérios da aviação mundial, completando uma década desde então. 

Autoridades malaias consideram renovar as buscas pelo voo MH370 após uma empresa sugerir uma nova tentativa no sul do Oceano Índico. A proposta ainda não foi aprovada. Familiares das vítimas, especialmente membros da tripulação, encontram algum ânimo com a possibilidade, após enfrentarem acusações e teorias conspiratórias desde o desaparecimento da aeronave. 

Ao jornal britânico "The Guardian", um amigo do piloto disse que a família dele "ainda espera fortemente por respostas". "Ainda não há conclusão sobre isso. Deve haver uma explicação para o que aconteceu. [...] Todo mundo precisa de um encerramento", disse o homem.

DECLARAÇÃO OCICIAL: A declaração oficial de que o voo MH370 foi um acidente e que todos a bordo deveriam ser considerados mortos foi feita em 29 de janeiro de 2015, quase um ano após o desaparecimento da aeronave. Isso permitiu o pagamento de indenizações às famílias das vítimas. As buscas pelo avião (uma das mais caras já feitas até hoje) foram oficialmente encerradas em 2017, quando os governos da Austrália, da Malásia e da China fizeram um anúncio conjunto. 

"É com o coração pesado e com profunda dor que declaramos oficialmente, em nome do governo da Malásia, que o voo MH370 Malaysia Airlines foi vítima de acidente", disse, na época, o chefe da aviação civil malaia, Azharuddin Abdul Rahman. A decisão de suspender as buscas "não foi tomada tranquilamente, nem sem tristeza", dizia o comunicado dos três países. "Não perdemos a esperança de que um dia sejam obtidas novas informações e de que em algum momento no futuro a aeronave seja localizada", acrescentou.

DIAS APÓS O DESAPARECIMENTO: Após o desaparecimento do voo, as informações foram escassas, levando as buscas a se estenderem do Cazaquistão até a Antártida. Gradualmente, a área de busca foi reduzida com base em dados de satélite, rastreamento por radar e análises de correntes oceânicas. Acredita-se que o avião tenha caído no sul do Oceano Índico, mas a localização exata permanece desconhecida. O motivo da queda continua sendo um mistério, com teorias que variam de conspirações a falhas técnicas, como falha elétrica, incêndio ou despressurização. Outras teorias levantadas incluem sequestro, terrorismo, suicídio, conflito interno e desorientação espacial. No entanto, nenhuma delas foi oficialmente confirmada. 

Imagem de arquivo mostra um veículo submarino sendo colocado no oceano em busca de sinais dos destroços do voo MH370 da Malaysia Airlines. — Foto: AP Photo 

TRIPULAÇÃO E PASSAGEIROS: Após o desaparecimento do voo MH370, as autoridades investigaram tanto os pilotos quanto os passageiros em busca de pistas. O piloto foi considerado suspeito devido à presença de um simulador de voo em sua casa, mas não foram encontradas evidências concretas contra ele. Não havia relatos de problemas pessoais ou mudanças significativas em sua vida. As imagens do circuito interno do aeroporto foram analisadas, revelando duas pessoas que embarcaram com passaportes falsos, mas nada, além disso, foi descoberto. Até mesmo a comida e o carregamento da aeronave foram investigados, mas não resultaram em novas pistas. 

DESTROÇOS: Fragmentos do voo MH370 foram descobertos mais de um ano após o desaparecimento do avião, sendo confirmados pela Justiça francesa em setembro de 2015, após encontrados na ilha de Reunião, perto de Madagascar. Um "flaperon" de dois metros, parte de uma asa, foi identificado, junto com restos de uma mala e garrafas com inscrições em indonésio e chinês. Ao longo dos anos seguintes, mais objetos foram encontrados em vários locais na região, incluindo Moçambique, África do Sul, Ilhas Maurício, Madagascar e Tanzânia. 

Destroço é levado por policiais após ser achado na ilha francesa de Reunião — Foto: Yannick Pitou/AFP 

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