Horticultores do Dirceu sofrem prejuízos com furtos e chuvas

Produção de hortaliças tem sido afetada pela enxurrada e furtos de materiais

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Os produtores das Hortas Comunitárias do bairro Dirceu, zona Sudeste de Teresina, sofrem com furtos constantes, que terminam causando muitos prejuízos aos microempreendedores. Além disso, as fortes chuvas têm trazido dificuldades para manter a produção de hortaliças, o que também prejudica os rendimentos e encomendas dos horticultores.

Teresinha Soares dos Reis, de 72 anos, trabalha na roça do Dirceu desde 1987. Ela explica que o tempo trouxe mais dificuldade para os trabalhadores das hortas, principalmente no que diz respeito aos furtos. “A chuva atrapalha bastante. Tem que ter coragem para enfrentar as dificuldades. Mas o pior mesmo são os ladrões. Quando a chuva para um pouco, os ladrões vêm e roubam as couves e até o material da gente trabalhar. Hoje mesmo dei falta da minha enxada. E eles roubam de dia, não é de noite”, explica.

A chuva afeta as hortaliças, impedindo que a produção vá para frente. “A chuva acaba com o coentro, alface e couve. Perdi praticamente tudo. Todo dia a gente tem que mexer na horta, revirar a terra, para afofar a terra e ver se melhora. Quando chove muito, a gente cobre com palha de coco, mas às vezes nem adianta. Está difícil aqui para a gente, muito difícil”, reconhece a horticultora.

Para Antônio Luiz, de 70 anos, que também trabalha na roça desde a fundação, em 1987, época da prefeitura de Wall Ferraz, explica que as chuvas e enxurradas foram as principais vilãs. “Aqui alaga tudo, fica debaixo d’água. Perdi 100% da cebola, coentro, alface e couve. A enxurrada levou tudo. O que mais perdi foi cebola e coentro. Na couve dá ferrugem na folha, e não adianta tentar tirar, mesmo com vinagre. Acaba tudo”, lamenta.

O horticultor vende seus produtos na própria Horta Comunitária e também para um empreendimento no bairro Morada Nova, zona Sul de Teresina. “Aos sábados mando para o Morada Nova, mas com as chuvas nem deu para fazer entrega. É uma dificuldade até para quem precisa comprar”, avalia Antônio Luiz.

Crédito: José Alves Filho

Procurada pela reportagem, a Polícia Militar do Piauí se comprometeu em aumentar as rondas na região. Já a Superintendência de Desenvolvimento Rural (SDR) não apresentou retorno aos telefonemas da reportagem até o fim desta apuração.



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