Hospital Infantil reduz número de cirurgias em 50% em 2014 na capital

Segundo médicos que atuam nesse setor do hospital, enquanto em 2013 foram realizadas cerca de 600 procedimentos cirúrgicos, em 2014 essa quantidade não alcançou nem mesmo as 300 cirurgias

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Os problemas enfrentados pelo Hospital Infantil Lucídio Portella vem se acumulando nos últimos meses e refletindo principalmente nos serviços realizados no local. Como resultado, o número de cirurgias eletivas de alguns setores como a ortopedia sofreu uma diminuição de cerca de 50% este ano.

Segundo médicos que atuam nesse setor do hospital, enquanto em 2013 foram realizadas cerca de 600 procedimentos cirúrgicos, em 2014 essa quantidade não alcançou nem mesmo as 300 cirurgias.

O médico Vinícius Nascimento, que trabalha no setor de ortopedia do hospital, afirma que os problemas vêm se agravando nos últimos dois anos, mas piorou significativamente em 2014.

Segundo ele, não há como atender à demanda desse setor, no hospital, com o atual cenário de falta de estrutura de profissionais do local. "São apenas dois ortopedistas e uma sala de cirurgia para atender toda a demanda do Estado. Não tem condições", reclamou.

Além da falta de estrutura há ainda um número insuficiente de profissionais em todos os setores, como enfermeiros e técnicos de enfermagem. No setor de ortopedia, ele afirma que um dos principais problemas é a falta de auxiliares.

"Nós ficamos sem os estudantes que faziam estágio no hospital, devido à dissolução do acordo com as universidades. Com isso, estamos sem auxiliares, que são necessários para a realização de cirurgias.

Se quisermos que alguém nos auxilie, precisamos pagar do nosso com nossos recursos a bolsa de estudantes ou até mesmo chamar algum colega de profissão para ajudar.

É importante ressaltar que nós médicos vamos ao hospital todos os dias, mas nem sempre temos condições de realizar cirurgias, por isso o número de procedimentos cirúrgicos caiu este ano", afirmou.

Ele afirma ainda que médicos, junto com a direção do hospital, tentam organizar esse setor há pelo menos dois anos, mas falta a contrapartida do Governo do Estado.

"Os problemas são muitos e se o Estado não ajudar, não há como resolver o problema. Os gestores nem mesmo andam no hospital. Nesses mais de dois anos que trabalho lá, devo tê-los visto por lá só uma ou duas vezes", argumentou o médico.

A equipe do Jornal Meio Norte entrou em contato com a assessoria de Imprensa da Secretaria Estadual de Saúde (Sesapi), mas não obteve resposta.

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