Ações sociais voltadas para terceira idade proporcionam milagres a idosos em Timon

O IBGE apontou que o maranhense é o que tem a menor expectativa de vida.

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Idosos buscam vida longa em Timon | Reprodução
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Ações sociais voltadas para idosos têm proporcionado verdadeiros ?milagres? em suas vidas cotidianas, como por exemplo, retirá-los da ociosidade ou de problemas relacionados à saúde, principalmente com a depressão.

Geralmente, as pessoas acima de 60 anos já estão aposentadas, e o fato de ficarem muito tempo em casa, às vezes sozinhas, porque os filhos já casaram e saíram de casa mais cedo, ou porque ficaram viúvas, começam a se sentir a necessidade de fazer algo que possa lhes satisfazer como seres úteis à sociedade.

E é justamente por uma maior preocupação com a saúde, que o tempo médio de vida do brasileiro tem aumentado.

A prática de exercícios físicos e cuidados com a alimentação, entre outras práticas saudáveis, faz com que o idoso tenha uma vida mais longa. Mas no Maranhão, é o que menos tem esperanças de uma vida longa. Foi o que revelou os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apresentados ontem.

O levantamento mostrou que o tempo médio de vida do maranhense aumentou 11,2 anos em 30 anos, mas é o estado com menor expectativa de vida. Em 1980, a população do Maranhão vivia em média 56,5 anos. Em 2010, a expectativa passou para 68,7.

O Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos de Timon (SCFV), realizado no Centro Social Urbano (CSU), localizado no bairro São Marcos, recomeçou há cerca de dois meses, um dos trabalhos oferecidos pela instituição, que é voltado para pessoas com idade acima de 60 anos.

O CSU, onde funciona também o Cras I, faz parte da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Assistência Social e do Trabalho (Semdes).

A coordenadora do CSU, Ana Caldas, explica que o secretário da Semdes, Lázaro Martins, tem dado total apoio para o bom funcionamento do local, com a disponibilidade de funcionários, manutenção da estrutura física e material necessário para as atividades realizadas no espaço.

Ana Caldas conta que o local estava há cerca de 4 anos sem funcionar, e que as pessoas que já tinham participado das atividades do CSU, em outras épocas, estavam solicitando a reabertura da instituição.

?Os grupos estavam dispersos há 4 anos, mas agora, estamos reconquistando-os e os trazendo de volta ao CSU, com diversas atividades, entre elas as dos idosos.

Nossa equipe faz visitas aos lares, e pede que cada um dos participantes da Casa, convide um amigo para vir ao Centro Social?, relata Ana Caldas, acrescentando que as atividades relacionadas aos idosos são realizadas na quarta-feira, a partir das 15 horas com encerramento às 17 horas. Futuramente essas atividades irão se estender por mais uma tarde, provavelmente na sexta-feira.

Trinta e cinco idosos participam das atividades

Até o momento, 35 pessoas participam das atividades voltadas para idosos, que vão desde brincadeiras de rodas, dramatizações, músicas, forró, jogos de dominó, de baralho, oficinas de tapeçaria, bordados, à passeios diversos.

?Nosso objetivo é retirá-los de casa e fazer com que eles se sintam parte da sociedade, que se sintam felizes com suas vidas?, ressalta Ana Caldas.

O CSU cobre o território de Timon, que compreende os bairros São Marcos, Cícero Ferraz, Formosa, Mangueira, Mateuzinho, Planalto Formosa, Parque Aliança, Pedro Patrício, Parque Piauí, São Benedito, Santo Antônio, Vila Osmar e Vila Angélica.

Euclides da Costa Sobreira 77 anos

Morador do Bairro São Benedito. ?Gosto de participar de todas as brincadeiras, mas gosto mesmo é de dançar, principalmente de forró. Todo dia eu vou a um forró e tenho orgulho de dizer a minha idade. É sinal que já vive muito e ainda estou vivendo. Já fui escolhido o rei do Carnaval de Timon, em 2008 e me sito bem com a minha vida, graças também as atividades do Centro Social de Timon?.

Elizabete dos Santos 58 anos

Moradora do Bairro São Marcos. ?Mesmo ainda não tendo mais de 60 anos, me sinto muito só, em casa. Sou viúva e moro com minha mãe e uma filha. Mas por conta de ter perdido meu pai, tive uma forte depressão, que foi o que me fez procurar participar do grupo de idosos. No momento, estou bem e o que mais gosto é do convívio com meus amigos do grupo de idosos. Gosto muito de músicas e, principalmente do som de violas?.

Cícera de Sousa Costa 83 anos

Moradora do Bairro São Marcos. ?Moro com meu marido, mas quando ele viaja para o interior, para cuidar de roças, fico muito só e triste. Encontrei no grupo de idosos, muitos amigos. Gosto de tudo, aqui, e participo de todas as atividades, desde que foi fundado esse centro. Eu estava triste porque estava parado todos esses anos, mas agora estamos revivendo tudo de bom que o centro nos oferece?.



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