IML que marcava corpos a caneta suspende necropsias

O fechamento ocorreu dez dias após o jornal Folha de S. Paulo mostrar que a sala de necropsia chegava a acumular poças de sangue.

Avalie a matéria:
|
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

A Secretaria da Segurança Pública fechou na última terça-feira o necrotério da sede do IML (Instituto Médico Legal) de Artur Alvim, na zona leste de São Paulo. O local era o responsável por receber e fazer a necropsia de todos os corpos de pessoas que tiveram mortes violentas na região leste da cidade.

O fechamento ocorreu dez dias após o jornal Folha de S. Paulo publicar uma reportagem mostrando que a sala de necropsia chegava a acumular poças de sangue e dejetos de corpos porque o encanamento do local estava quebrado.

Além disso, as geladeiras estavam lotadas e a forma de identificação dos corpos não era a ideal: eles eram marcados com os números do prontuário escritos a caneta direto na pele.

Sem equipamentos específicos, os técnicos usavam facas de churrasqueiro para cortar os corpos. Em alguns plantões, até 20 corpos passavam por autopsia.

Segundo funcionários, o fechamento ocorreu para que a sala passasse por reformas. Os exames de corpo de delito continuam sendo feitos normalmente no IML.

Desde anteontem, os corpos que antes eram levados para a zona leste, estão sendo encaminhados para o IML central, em Pinheiros, ao lado do Hospital das Clínicas.

Os médicos e técnicos de Artur Alvim também estão dando plantões na unidade do centro --que com o aumento da demanda não tinha espaço ontem para armazenar os corpos nas geladeiras.

A expectativa dos servidores é que o situação volte ao normal na próxima semana.

Procurada, a Secretaria da Segurança Pública não se manifestou ate a conclusão desta edição. O superintendente da Polícia Técnico-Científica, Celso Periolli, a quem o IML é subordinado, não foi localizado.

Na semana passada, a pasta abriu, a pedido da Associação dos Delegados de Polícia de São Paulo, inquérito sobre as irregularidades no IML de Artur Alvim. As investigações ainda não foram concluídas.



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES