AIEA confirma presença de água radioativa também no reator 1

Esses três operários entraram em contato com água radioativa a um nível dez mil vezes superior ao normal

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A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) anunciou neste domingo que no reator 1 da usina de Fukushima foi detectada a presença de iodo 131, césio 137 e césio 134 a níveis comparáveis aos da área do reator 3 onde três trabalhadores ficaram feridos na quinta-feira passada. Esses três operários entraram em contato com água radioativa a um nível dez mil vezes superior ao normal, e dois deles tiveram que ser hospitalizados.

Em seus últimos comunicados sobre a situação em Fukushima, a AIEA indicou que nos dois trabalhadores internados "foi confirmada uma grande contaminação da pele nas pernas". Os dois operários receberam dose de entre 2 e 6 sieverts, níveis que podem ser fatais. No entanto, a AIEA indica que "embora os pacientes não precisem de tratamento médico, os médicos decidiram mantê-los no hospital para acompanhar sua evolução durante os próximos dias".

A AIEA teme que a radioatividade no reator 3 provenha de uma ruptura na câmara de contenção do reator, embora não se descarte que a origem possa estar na piscina que armazena o combustível usado. Além de nos reatores 1 e 3, a empresa que administra a usina nuclear, a Tepco, anunciou que na água acumulada nos níveis subterrâneas do prédio de turbinas do reator 2 foi detectada uma radioatividade dez milhões de vezes superior ao normal, o que impede o trabalho de operários.

Terremoto e tsunami devastam Japão

Na sexta-feira, 11 de março de 2011, o Japão foi devastado por um terremoto de 9 graus, o maior da história do país. O tremor gerou um tsunami, arrasando inúmeras cidades e províncias da costa nordeste nipônica. Além dos danos imediatos, o país e o mundo convivem com o temor de um desastre nuclear nos reatores de Fukushima. Embora a situação vá se estabilizando, o desfecho e as consequências permanecem incertas.

Juntos, o terremoto e o tsunami já deixaram mais de 10,4 mil mortos e dezenas de milhares de desaparecidos. Os prejuízos materiais devem passar dos US$ 200 bilhões. Em meio a constantes réplicas do terremoto e cortes de energia, o Japão trabalha para garantir a segurança dos sobreviventes, evacuar áreas de risco e, aos poucos, iniciar a reconstrução do país.



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