Após madrugada violenta, ativistas turcos marcam novo ato em Istambul

Governador afirmou que reunião na Praça Taksim não será permitida.

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O governador de Istambul disse que o ato de manifestantes antigoverno na Praça Taksim, marcado para este domingo (16) na Praça Taksim, não seria permitido, após uma noite e uma madrugada de confrontos que deixaram muitos feridos no local.

"Há um chamado para reunião na Taksim às 16h (10h de Brasília). Qualquer convocação para a Taksim não vai contribuir para a paz e a segurança", disse o governador Huseyin Avnni Mutlu.

Os protestos da madrugada ocorreram após as forças de segurança expulsarem ativistas do parque, em Istambul, centro dos protestos contra o primeiro-ministro conservador e islamita Recep Tayyip Erdogan, disparando bombas de gás lacrimogêneo e canhões d"água.

A polícia de choque disparou rajadas ocasionais de gás lacrimogêneo em Istambul neste domingo.

Tratores removeram barricadas e trabalhadores municipais varreram as ruas ao redor da praça, fechada pela polícia depois que milhares de pessoas tomaram as ruas durante a noite depois de uma incursão policial que disparou bombas de gás lacrimogêneo e canhões de água para expulsar manifestantes do Parque Gezi.

Erdogan havia avisado horas antes que as forças de segurança iriam agir na área ao redor do parque - onde os manifestantes estavam acampados há mais de duas semanas - antes de um comício do partido do governo, do outro lado da cidade, ainda neste domingo.

O governo diz que os manifestantes estão sendo manipulados por grupos ilegais que buscam semear instabilidade no país.

Erdogan vinha sendo o político mais popular da Turquia, supervisionando uma década de prosperidade sem precedentes, e seu Partido AK ganhou uma parte crescente dos votos em três vitórias eleitorais sucessivas, mas seus críticos se queixam de aumento no autoritarismo e no viés religioso das decisões.

Confrontos

Policiais com veículos blindados isolaram a Praça Taksim, no centro da cidade, enquanto agentes invadiam o Parque Gezi, onde os manifestantes estavam acampados.

Manifestantes em pânico fugiram para um hotel de luxo na parte de trás do parque, e vários deles vomitavam enquanto nuvens de gás lacrimogênio e explosões de bombas tomaram conta do parque.

"Tentamos fugir e a polícia nos perseguiu. Era como se fosse uma guerra", disse Claudia Roth, copresidente do Partido Verde da Alemanha, que foi ao parque Gezi para mostrar seu apoio.

Após a retirada dos ativistas pela polícia, houve violentos confrontos na cidade. Milhares de pessoas se espalharam pela avenida principal que leva à Praça Taksim, arrancando placas de rua e construindo barricadas, enquanto a polícia jogava gás lacrimogênio nas ruas ao redor da praça para tentar impedir que os manifestantes se reagrupassem.

A notícia da expulsão dos acampados se espalhou por todo o país, provocando enfrentamentos violentos em outras cidades turcas, como a capital Ancara, onde dezenas de pessoas saíram às ruas para pedir a renúncia do governo do islamita conservador Erdogan.



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