Arábia condena 15 mulheres que protestaram dirigindo automóveis

Durante o protesto de sábado, a polícia aplicou também multas a dois condutores

Avalie a matéria:
De acordo com a imprensa, o protesto falhou. | JB
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

Riade - Quinze mulheres da Arábia Saudita foram condenadas hoje (27) por terem sido flagradas dirigindo durante protestos no sábado, desrespeitando a lei islâmica que proíbe as mulheres de se sentarem ao volante.

No sábado à noite, várias mulheres tinham colocado na internet videos em que estavam dirigindo, usando o endereço @oct26driving - um perfil do Twitter - naquilo que seria a face mais visível de um protesto iniciado em setembro, e que tinha no sábado o ponto alto, apesar das declarações anteriores do Ministério do Interior, que tinha advertida as cidadãs para não desafiarem a lei islâmica em vigor no país.

De acordo com a informação prestada pela polícia, foram poucas as mulheres que aderiram ao protesto, que tinha como principal objetivo reivindicar para as mulheres o direito de dirigir.

Além de pagar multa, cada uma dessas mulheres teve, juntamente com o seu tutor (pai, irmão, marido ou outro integrante masculino da família), de assinar um documento, no qual se compromete a cumprir as leis em vigor na Arábia Saudita, um país ultra-ortodoxo no que diz respeito aos direitos da mulher e o único do mundo onde elas são legalmente proibidas de conduzir. As mulheres também precisam de autorização para trabalhar, viajar e até casar.

Durante o protesto de sábado, a polícia aplicou também multas a dois condutores em Jeddah e outras seis mulheres foram presas em uma província oriental e em mais outras duas cidades do reino, de acordo com a imprensa.

"A data era apenas simbólica. As mulheres começaram a conduzir antes de sábado e vão continuar a conduzir depois de sábado", assegurou a militante Eman Nafjan.

De acordo com a imprensa, o protesto falhou. "O 26 de outubro passou calmamente, e as campanhas de incitação falharam", escreveu o jornal oficial Al Riyadh, ao passo que o Al Youm disse que "a maioria da sociedade assegurou que não se deixará entreter pelas campanhas de mobilização popular".



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES