Ataque à Síria não será como no Iraque e Afeganistão, diz Obama

O mandatário defendeu um ataque limitado e disse que a ação não seria como as que ocorreram no Iraque e no Afeganistão.

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Durante encontro na Casa Branca, Obama pediu apoio a parlamentares | 03.09.2013/Larry Downing/Reuters
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O presidente americano Barack Obama afirmou nesta terça-feira (3) aos líderes do Congresso americano reunidos na Casa Branca que o presidente sírio Bashar al Assad deve "prestar contas", após, segundo os Estados Unidos, ter lançado um ataque com armas químicas perto de Damasco em 21 de agosto. O mandatário defendeu um ataque limitado e disse que a ação não seria como as que ocorreram no Iraque e no Afeganistão.

Obama, que pediu a autorização do Congresso para realizar ataques militares contra o regime sírio, também declarou estar confiante no apoio dos parlamentares a esta ação.

O presidente americano reiterou aos líderes dos partidos Democrata e Republicano que Assad violou as normas internacionais fundamentais ao utilizar armas químicas.

? Isso representa um sério risco para a segurança nacional dos Estados Unidos e para os outros países da região. Em consequência disso, Assad e a Síria devem prestar contas.

O presidente também enfatizou que a operação americana seria "limitada" e "proporcional".

? Quero enfatizar uma vez mais que o que estamos planejando é algo limitado, proporcional, que afetará a capacidade do regime de Assad. (...) Não envolveria tropas no terreno. Não é Iraque, não é o Afeganistão.

Obama afirmou que gostaria de ver a ajuda americana à oposição síria aumentar, mas não entrou em detalhes sobre como isso aconteceria.

O mandatário pediu que o Congresso emitisse um voto "rápido" sobre a ação e agradeceu aos legisladores pela intenção de realizar a votação "tão logo o Congresso retorne na próxima semana" ao trabalho.

Míssil é lançado no Mediterrâneo

O Ministério da Defesa israelense anunciou nesta terça-feira ter realizado um disparo com êxito durante exercício militar israelense-americano. Pouco antes do anúncio, a Rússia já tinha detectado dois disparos de mísseis no Mediterrâneo.

Segundo o porta-voz do Pentágono, George Little, o míssil lançado hoje é um "teste" que "não tem nada a ver" com uma possível intervenção americana na Síria.

? Este teste não tem nada a ver com os Estados Unidos considerarem uma ação militar para responder ao ataque químico da Síria.

Little acrescentou que os Estados Unidos e Israel cooperam em vários programas de desenvolvimento de mísseis balísticos para "enfrentar os desafios comuns na região".

Um ataque estrangeiro à Síria ganhou força após o ataque químico de 21 de agosto na periferia de Damasco, que matou centenas de civis.

Os EUA acusam o governo sírio pelo ataque e dizem ter colhido provas que comprovariam o uso de gás sarin. A França também apresentou provas ontem.

A Síria e a Rússia, no entanto, dizem que as provas não são convincentes e que foram os rebeldes quem cometeram o ataque. Em entrevista ontem ao diário Le Figaro, Assad disse que um ataque estrangeiro a seu país poderia levar a uma guerra regional.



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