Ataque norte-coreano a ilha mata 2 militares da Coreia do Sul. Confira!

Ataque a Yeongpyeong, próximo à fronteira, deixou 20 feridos, 3 deles civis.

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Fumaça na ilha de Yeongpyeong; 1.300 habitantes. | Reuters
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Dois militares sul-coreanos morreram nesta terça-feira (23) em um ataque da artilharia da Coreia do Norte a ilha de Yeongpyeong, no Mar Amarelo, próximo à fronteira entre os dois países rivais, segundo o comando militar da Coreia do Sul.

O ataque também deixou 20 feridos - 3 deles civis-, provocou danos e incendiou imóveis na ilha, onde estava mobilizado um destacamento do Exército sul-coreano. Quatro dos militares feridos estão em estado grave.

Vários projéteis norte-coreanos caíram sobre a ilha e outros no mar, segundo o comando militar de Seul. O Exército sul-coreano revidou ao ataque e autorizou a decolagem de caças de combate F-15 e F-16 para a região.

As autoridades da Coreia do Sul qualificaram a ação como uma "clara provocação militar" e disseram que, se houver provocação similar, haverá uma "dura represália".

"Foi um ataque intencional e planejado", disse Lee Hong-ki, funcionário do Ministério da Defesa. "É claramente uma violação do armistício."

Já as autoridades da Coreia do Norte disseram, por intermédio da agência oficial KCNA, que apenas revidaram ao fogo sul-coreano, sem entrar em detalhes sobre como teria sido o ataque inicial.

"O Exército norte-coreano seguirá sem vacilar seus ataques militares se o inimigo sul-coreano se atrever a invadir nosso território, ainda que seja em 0.001 milímetro", diz o comunicado.

O presidente sul-coreano, Lee Myung-bak, afirmou que tenta frear o tiroteio e a escalada de um conflito maior, segundo a agência de notícias estatal Yonhap. Ele e seus assessores já estariam protegidos em um bunker.

Casas em chamas

Testemunhas disseram às agências que barcos de pesca lotados estão sendo utilizados para esvaziar a ilha atingida, que tem cerca de 1.300 habitantes.

Segundo um morador da ilha de Yeonpyeong, quase 50 projéteis caíram na ilha e atingiram várias casas.

"Pelo menos 10 casas pegaram fogo. Recebemos a ordem de abandonar nossa casas", disse Lee Jong-Sik, outro habitante da ilha, que fica em uma área disputada pelas duas Coreias e já foi cenário de outros incidentes.

De acordo com testemunhas, ao menos oito casas continuavam em chamas.

O tiroteio coincide com a presença na região do enviado americano para a Coreia do Norte, Stephen Bosworth, que deveria viajar a Pequim nesta terça-feira para debater com as autoridades chinesas a política nuclear norte-coreana.

O incidente derrubou as Bolsas da Ásia. O Banco Central da Coreia do Sul anunciou que tomaria medidas para reduzir o impacto da tensão sobre os mercados.

A tensão entre os dois países aumentou nos últimos dias, depois que um cientista norte-americano afirmou que a Coreia do Norte contrói instalações para enriquecer urânio que poderiam ser utilizadas rapidamente para fins bélicos.

O conflito é o mais grave desde o incidente que envolveu o ataque ao barco ?Cheonan?, em março, que matou 46 marinheiros sul-coreanos.



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