Atirador disse ter sido vítima de racismo

Omar Thornton ligou para a polícia após matar oito colegas e antes de suicídio

Avalie a matéria:
Omar Thornton ligou para a polícia após matar | AFP
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

Quando entrou no depósito de cerveja de Connecticut com duas pistolas, o atirador Omar Thornton tinha um objetivo: matar o máximo de brancos possível como vingança por supostamente ter sido vítima de racismo. As explicações de Thornton para o massacre na empresa Hartford Distributors nesta quinta-feira (5) foram feitas em uma ligação à polícia alguns minutos, ou até mesmo segundos, antes de ele cometer suicídio.

- Esse lugar é racista. Eles me tratam muito mal aqui. Eles tratam mal todos os empregados negros aqui também. Então tive que tomar providências com as minhas próprias mãos e cuidar do problema.

Depois de ter assassinado oito colegas de trabalho, ele disse ainda:

- Só lamento não ter acertado mais pessoas.

Logo após o banho de sangue, surgiram versões de que Thornton teria reclamado para sua família e namorada do tratamento racista que estaria recebendo de quase todos os funcionários brancos no depósito de bebidas localizado em Connecticut, nos Estados Unidos.

Mas a polícia afirma não ter nenhuma evidência direta de racismo, enquanto os diretores da empresa e representantes dos sindicatos locais negaram a existência desse problema.

Thornton foi demitido naquele dia de seu emprego como motorista, por supostamente ter roubado cerveja enquanto fazia entregas. Ele levou duas pistolas semiautomáticas para o depósito e, logo depois de perder o emprego, cometeu o ato de violência.

As fitas da polícia, cujo conteúdo foi divulgado nos sites do jornal local Hartford Courant e do New York Times, são as últimas palavras de Thornton antes de cometer suicídio.

Segundo o policial que falou com Thornton por telefone, o assassino chegou a dizer que ?você provavelmente quer saber a razão para eu ter atirado nesse lugar?.

Na conversa, o atirador disse que os policias iriam matá-lo e, por isso, já sabia o que iria fazer para terminar a tragédia. E continuou com as acusações de racismo contra a empresa em que trabalhava. Então, o telefone ficou mudo e Thornton não falou mais nada.

Thornton era um dos poucos negros na empresa Harford Distributors, algo confirmado por uma das funcionárias que também ligou para a polícia durante o massacre.

As acusações de racismo foram negadas pela Hartford Distributors.



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES