Chile nega álcool e drogas entre mineiros presos

Ministro da Saúde refutou hipótese levantada por jornal espanhol nesta terça-feira

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O ministro da Saúde do Chile, Jaime Mañalich, negou nesta terça-feira (31) que alguns dos 33 operários presos desde o dia 5 de agosto a 700 m de profundidade na mina San José, no norte do país, tenham problemas com álcool e drogas, informou o diário local La Tercera.

Mañalich refutou a hipótese levantada pelo jornal espanhol El País, que também nesta terça-feira publicou matéria em que afirmava que parte dos mineiros estava sofrendo de crises de abstinência pela falta de álcool e de outras drogas.

O ministro da Saúde disse que a informação sobre o suposto vício de alguns operários pode ter saído de familiares ou conhecidos, mas negou que haja qualquer problema grave relacionado ao assunto.

- Não há nenhuma situação de transtorno por alcoolismo, tampouco vício ou consumo de drogas.

A matéria do El País, com o título de "Desintoxicação forçada 700 m abaixo da terra", traz declarações do próprio Mañalich sobre o suposto problema de alcoolismo dos operários.

De acordo com o diário espanhol, o ministro da Saúde disse que "alguns [dos operários] ingeriam quantidades importantes [de álcool]. E às vezes não é conveniente que a pessoa interrompa de uma vez o vício. Mas a única coisa que podemos fazer e enviar vitamina B e ácido fólico".

O El País também entrevistou Ruth Guzmán Donoso, mulher do mineiro Samuel Ávalos Acuña, de 43 anos, que do abrigo no fundo da mina pediu a companheira em casamento, após 21 anos de união informal.

Ruth afirma ao diário que o marido "está pagando por todo o dano que fez aos entes queridos em seus 43 anos de vida".

- Ele sempre voltava ao vício, principalmente ao de pasta base (matéria prima da cocaína), que é o pior da coca.

o El país afirma, ainda, que antes de receberem projetores, videogames e livros para se entreter, muitos dos mineiros pediram que as equipes de resgate enviassem bebidas alcoólicas para que pudessem se acalmar.

Resgate pode levar quatro meses

A perfuração do túnel por onde os 33 mineiros serão retirados - que começou no fim da noite desta segunda-feira (30) - pode levar até quatro meses, de acordo com as autoridades. A perfuradeira avança ao ritmo de cerca de 15 m diários.

Nesta terça-feira, um dos donos da mina San José, no Chile, pediu desculpas nesta terça-feira (31) pelo acidente que deixou os trabalhadores presos.

Alejandro Bohin fez a declaração durante depoimento à Comissão de Mineração da Câmara Baixa (de deputados), em Santiago. Os donos da mina podem ser responsabilizados criminalmente pelo acidente.

- A dor que causou essa situação indesejável e não prevista por nós merece que peçamos desculpas pela angústia que está sendo vivida nestes dias. Tem sido uma situação terrível e esperamos que tenha um final feliz e muito rápido.



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