China e Rússia acertam acordo para explorarem lítio na Bolívia

Os países irão investir cerca de US$ 1,4 bilhão na construção de fábricas para a produção e exportação do mineral

Escavações irão iniciar o processo de extração do material | Reprodução - Foto: Gaston Brito Miserocchi/Getty Images
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A empresa chinesa Citic Guoan e a russa Uranium One Group anunciaram que firmaram juntas um convênio com a empresa estatal boliviana Yacimientos de Litio Bolivianos (YLB) para a exploração de reservas de lítio, na Bolívia. O lítio é um mineral amplamente utiizado para a produção de baterias. Seu uso se intensificou nos últimos anos pois as baterias de íons de lítio tem uma maior capacidade de armazenamento de energia, com menor peso, sendo mais vantajosa frente a outros tipos de baterias.

Juntos, os países irão investir cerca de US$ 1,4 bilhão no projeto, para que sejam construídas duas fábricas, uma para a produção e a outra exportaçãoA expectativa é que sejam produzidas e exportadas pelo menos 50 mil toneladas por ano de lítio, a partir do ano de 2025, no salar de Pastos Grandes, localizado no sudoeste da Bolívia.

As duas potências comprometeram-se em acelerar o processo de produção de carbonato de lítio no país sul-americano, com o objetivo de introduzir o material no mercado mundial, uma estratégia para que ocorra a transição energética para fontes consideradas mais “limpas e renováveis”.

“Entre junho e janeiro somamos US$ 2,8 bilhões para a industrialização do lítio. O mundo avança a passos largos por essa demanda, e a Bolívia não pode ficar para trás”, explica Luis Arce, presidente da Bolívia, em sua fala na sede do governo durante a assinatura dos convênios com os empresários da China e da Rússia.

Evo Morales, ex-presidente da Bolívia, tinha o planejamento de fabricar baterias de lítio para automóveis elétricos no país, mas acabou não tendo um bom avanço por falta de sócios de outros países. Agora com o presidente atual retomando o projeto, seu objetivo é transformar a Bolívia em um fornecedor mundial do metal.

Em janeiro de 2023 o governo da Bolívia firmou convênio com a empresa Contemporary Amperex Technology (CATL), com a intenção de explorar o lítio no Salar de Uyuni. O lugar é considerado o maior deserto de sal do mundo, localizado a cerca de 380 quilômetros ao sul de La Paz, onde foi investido o valor de US$ 1,4 bilhão.



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