China quer preservar relação com Japão apesar da crise

Durante a semana, Tóquio mencionou a possibilidade de um encontro entre Kan e o colega chinês, Wen Jiabao.

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A China manifestou o desejo de não prejudicar ainda mais as relações com o Japão, que enfrentam a crise mais grave desde 2006, depois que o primeiro-ministro nipônico, Naoto Kan, pediu a Pequim um comportamento responsável.

"A China sempre deu grande importância ao desenvolvimento de suas relações com o Japão. Esperamos que o Japão trabalhe com a China para preservar o conjunto das relações bilaterais", afirmou o porta-voz do ministério chinês das Relações Exteriores, Ma Zhaoxu.

"Espero que a China desempenhe um papel apropriado e que atue como um membro responsável da comunidade internacional", declarou o premier japonês na sexta-feira.

"Japão e China são importantes interlocutores", destacou ao mesmo tempo o chefe de Estado nipônico, que defendeu o aprofundamento das relações estratégicas entre os dois países.

Durante a semana, Tóquio mencionou a possibilidade de um encontro entre Kan e o colega chinês, Wen Jiabao, à margem da reunião de cúpula Ásia-Europa da próxima semana em Bruxelas. Mas até o momento nada foi decidido.

As afirmações conciliadoras, no entanto, não impedem que cada parte mantenha inalterada sua posição a respeito da soberania de um grupo de ilhas desabitadas, chamado de Diaoyu em chinês e de Senkaku em japonês, no Mar da China Oriental, que também é reivindicada por Taiwan.

A crise explodiu em 7 de setembro, com a inspeção de um pesqueiro chinês que bateu em dois barcos de patrulha japoneses na região.

O capitão do pesqueiro chinês passou 16 dias detido no Japão, o que motivou protestos enérgicos da China.

Segundo Ma Zhaoxu, as ilhas Diaoyu integram o território chinês e todos os "supostos procedimentos legais do Japão neste caso são absurdos, ilegais e sem valor"

Mas Kan também foi enfático: "As ilhas Senkaku fazem parte de nosso país, na história e segundo a lei internacional".

As ilhas Diaoyu/Senkako ficam em uma área muito rica em peixes e que pode conter reservas de combustíveis.

"Nós estamos preocupados porque a China fortalece seu poderio militar sem transparência e porque intensifica as atividades marítimas, do Oceano Índico ao Mar da China Oriental", declarou Kan na sexta-feira.

"Eu espero que a China desempenhe um papel adequado e que atue como um membro responsável da comunidade internacional", completou o premier japonês na abertura da sessão parlamentar do Japão.



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