Confrontos entre milicia e os soldados da Ucrânia deixam mais cinco mortos

Os choques elevam para ao menos 19 o número de vítimas nas últimas 48 horas e aumentaram ainda mais a tensão no leste do país.

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Confrontos entre milicianos separatistas e soldados do Exército da Ucrânia na cidade de Karlivka, a 30 quilômetros de Donetsk, deixaram mais cinco mortos na manhã desta sexta-feira,23 antevéspera das eleições presidenciais. Os choques elevam para ao menos 19 o número de vítimas nas últimas 48 horas e aumentaram ainda mais a tensão no leste do país.

Os combates ocorreram na periferia nordeste de Donetsk. Barricadas de milicianos pro-Rússia controlam o acesso à cidade, como a reportagem do Estado verificou. A barreira foi reforçada com dezenas de homens vestindo trajes militares e portando coletes à prova de balas, fuzis e, em alguns casos, lançadores de granadas. Um veículo blindado também é usado no posto de controle. O objetivo dos milicianos é impedir uma suposta ofensiva em curso do Exército regular da Ucrânia, que estaria se dirigindo à cidade - uma informação não confirmada pelo Ministério da Defesa em Kiev.

O eventual ataque das Forças Armadas pode ser entendido como uma resposta à tentativa de impedir a votação nas regiões de Donetsk e de Slaviansk, que vêm sendo empreendida por grupos separatistas responsáveis por dois ataques armados contra tropas do Exército. Na quinta-feira, pelo menos 14 pessoas morreram nas duas emboscadas realizadas na cidade de Volnovaha e nas imediações de Slaviansk.

Em visita a São Petersburgo, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou que a Ucrânia vive "uma verdadeira guerra civil". A Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) acusa Moscou de incitar por posicionar tropas na fronteira com a Ucrânia e por supostamente enviar soldados de forças especiais para desestabilizar o leste do país.

A despeito da tensão militar, o presidente interino, Olexandre Tourtchinov, convocou os ucranianos a comparecerem às urnas no domingo. "Nós não nos deixaremos ser privados de nossa liberdade e independência, e não deixaremos que a Ucrânia se torne um pedaço do Império Pós-Soviético", afirmou.

O empresário Petro Porochenko, que tem 53,2% das intenções de voto, aparece em primeiro nas pesquisas de opinião, à frente da ex-primeira-ministra Yulia Tymochenko, líder do movimento revolucionário de 2004, que teria apenas 10% das preferências. Dois candidatos pró-Rússia, Serhiy Tigipko, banqueiro, deputado e ex-ministro da Economia, e Mikailo Dobkine, ex-governador de Kharkiv, teriam 8,8% e 5% dos votos.

Milícias pró-Rússia descansam em checkpoint em Donetsk

Foto: Maks Levin / Reuters



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