Combates mataram 10 mil em dois meses na Líbia, dizem rebeldes

Ajuda humanitária às vítimas é intensificada no país em guerra civil.

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Rebeldes são treinados em campo na cidade de Benghazi nesta terça-feira (19) | AP
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Os combates entre tropas pró-Muammar Kadhafi e a oposição já mataram 10 mil pessoas em dois meses, segundo balanço divulgado nesta terça-feira (19) pelos rebeldes. A ajuda humanitária à população afetada pela guerra civil na Líbia foi acelerada, com a abertura de um primeiro corredor humanitário no oeste do país.

Um mês depois do início da intervenção da coalizão internacional na Líbia, em 19 de março, a situação é dramática em várias cidades do oeste do país.

A agência oficial líbia Jana anunciou que a Otan executou bombardeios aéreos na manhã desta terça-feira contra Trípoli, Aziziyeh e Sirte, a cidade natal do ditador Muamar Kadhafi.

A Otan confirmou que bombardeou na noite de segunda-feira os centros de comando das forças líbias, inclusive na região de Trípoli.

"Durante as primeiras horas de terça-feira, as cidades de Trípoli e Sirte foram alvos de incursões dos agressores colonialistas cruzados", afirmou a agência líbia, sem revelar detalhes sobre os objetivos dos ataques.

Pouco depois, citando uma fonte militar, a agência mencionou ataques contra a área de Al Hira na cidade de Assiyeh, 50 quilômetros ao sul da capital.

Em dois meses, o conflito deixou 10 mil mortos e 55 mil feridos, afirmou o ministro italiano das Relações Exteriores Franco Frattini, que citou o líder do Conselho Nacional de Transição (CNT) líbio, Mustafah Abdeljalil, com quem se encontrou nesta terça-feira em Roma.

"O presidente Abdeljalil nos falou de 10 mil mortos na Líbia, vítimas de um regime sanguinário, e de 50 mil a 55 mil feridos", declarou Frattini.

Abdeljalil será recebido na quarta-feira pelo presidente francês Nicolas Sarkozy, informou o governo francês.

O chefe da diplomacia italiana prometeu a Abdeljalil aumentar o número de feridos graves que podem ser atendidos nos hospitais do país europeu, lembrando que 25 feridos já foram internado na semana passada no norte da Itália, após um voo especial da Força Aérea italiana.

O ministro reiterou a disponibilidade da Itália para ajudar os rebeldes líbios com mais médicos e enfermeiros. Alguns profissionais da saúde do país já estão na Líbia, sobretudo na cidade portuária de Misrata, cercada pelas forças de Muammar Kadhafi.

Frattini também indicou que a venda de petróleo pelos rebeldes, para financiar a luta contra Kadhafi, deve ser abordada na próxima reunião do Grupo de Contato sobre a Líbia, que acontecerá na primeira semana de maio em Roma.

O Programa Mundial de Alimentos (PMA) anunciou a abertura de um primeiro corredor humanitário no oeste para ajudar as milhares de pessoas presas em meio aos combates que tentam fugir da região.

"O PMA começou a entregar ajuda por um novo corredor humanitário no oeste da Líbia para alcançar regiões muito afetadas pelos combates, pela primeira vez desde o início da violência no país", informa a instituição em um comunicado.

"Um comboio de oito caminhões carregados com 240 toneladas de farinha de trigo e de 9,1 toneladas de barras energéticas, que permitem alimentar 50 mil pessoas durante 30 dias, cruzou a fronteira tunisiana em Ras Jir para entrar no oeste da Líbia", completa o texto.



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