Comunidade internacional exige resposta a massacre na Síria

Jihad Makdesi, negou a responsabilidade pelo massacre e culpou “terroristas”

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A comunidade internacional intensificou a pressão sobre o governo sírio, após o massacre na cidade de Houla, que, segundo a ONU, deixou ao menos 90 mortos, incluindo 32 crianças de menos de 10 anos.

A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, disse que após o "pavoroso massacre", o regime do presidente Bashar al-Assad, baseado em "assassinato e medo", precisa chegar ao fim.

Em uma declaração divulgada no sábado, ela disse que "aqueles que cometeram essa atrocidade precisam ser identificados e responsabilizados."

O ministro do exterior britânico, William Hague, pediu a realização de uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU esta semana e disse estar conversando com aliados a respeito de "uma dura resposta internacional".

"Nossa prioridade número um é estabelecer os detalhes deste terrível crime e agir rapidamente para garantir que os responsáveis sejam identificados e punidos."

A União Europeia, Liga Árabe, França e Alemanha também condenaram o incidente, enquanto o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, e o enviado especial à Síria, Kofi Annan, emitiram uma declaração conjunta na qual condenam as mortes em Houla como uma flagrante violação da lei internacional e exigem que a Síria interrompa imediatamente o uso de armas pesadas em áreas populosas.

Violência

O ataque, realizado após manifestações na sexta-feira, é considerado um dos mais sangrentos desde o início da revolta contra o governo do presidente sírio, Bashar al-Assad, em março do ano passado. A cidade de Houla, na província de Homs, na região central do país, foi atingida por bombardeios das forças armadas sírias.

Ativistas dizem que algumas das vítimas morreram no ataque, enquanto outras foram sumariamente executadas por milícias ligadas aos governo, conhecidas como "shabiha". As autoridades sírias creditam os ataques a "gangues de terroristas armados".

Plano de paz

Em abril, Damasco prometeu implementar um plano de paz, negociado pelo enviado especial Kofi Annan, que incluía um cessar-fogo e a retirada de armamentos pesados de áreas urbanas. Mas os confrontos na Síria continuaram apesar da presença de cerca de 250 observadores da ONU.

O grupo de oposição Exército Livre da Síria (ELS) disse que não pode mais se comprometer com a trégua, a não ser que o Conselho de Segurança garanta a proteção de civis. Em uma declaração, o ELS afirmou que se medidas urgentes não forem tomadas, o plano de Annan irá "para o inferno", segundo a agência de notícias AFP.

O grupo diz que as mortes na Síria estão acontecendo "sob o olhar dos observadores da ONU" e pediu que os países "reconheçam o fracasso do plano de Annan". Um correspondente da BBC no país diz que moradores locais estão furiosos porque os observadores não fizeram nenhuma intervenção para impedir o massacre.

Abu Emad, de Houla, disse ter contactado sete observadores sobre o ataque durante a noite. "Avisamos a eles que um massacre estava sendo cometido naquele momento em Houla por mercenários do regime e eles se recusaram a vir e parar o massacre."



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