Conclave que vai escolher sucessor de Bento XVI começa na próxima terça-feira, diz Vaticano

A escolha do novo pontífice será realizada por 115 cardeais

Renúncia do Papa Bento XVI | Divulgação
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

O conclave que irá escolher o sucessor de Bento 16 terá início no dia 12 de março. Uma missa para eleger o novo papa ("Pro eligendo Romano Pontífice") será celebrada na Basílica de São Pedro na manhã de terça e os cardeais eleitores ingressarão na Capela Sistina à tarde. A informação foi confirmada pelo Vaticano na tarde desta sexta-feira (8).

A escolha do novo pontífice será realizada por 115 cardeais --todos já estão no Vaticano, inclusive os cinco brasileiros que participarão da votação: dom Raymundo Damasceno Assis, 76; dom Odilo Scherer, 63; dom Geraldo Majella Agnelo, 79; dom Cláudio Hummes, 78; e dom João Braz de Aviz, 64.

São aptos a votar apenas os cardeais com menos de 80 anos. A presença deles, segundo o Vaticano, é obrigatória. No entanto, na congregação realizada nesta manhã, os 153 cardeais presentes votaram por aceitar o pedido de ausência de dois eleitores que não poderão comparecer.

O cardeal indonésio Julius Darmaatjadja, arcebispo emérito de Jacarta, havia comunicado que não conseguiria tomar parte no conclave por motivo de saúde

Já o cardeal Keith O"Brien, que renunciou ao cargo de arcebispo de St. Andrews e Edimburgo após ser acusado de "comportamento inadequado" nos anos 80, também manifestou que não irá participar da votação. Ele admitiu que sua "conduta sexual" não foi sempre a que se esperava dele.

Funcionamento do conclave

Durante o conclave, todos os eleitores ficam confinados na Capela Sistina. Na hora da votação, cada cardeal escreve o nome do candidato escolhido em uma cédula sob a frase "Escolho como sumo pontífice" e deposita seu voto em uma urna.

Os nomes escritos nas cédulas são lidos em voz alta pelo cardeal camerlengo, Tarcisio Berto, e seus três assistentes.

É declarado papa aquele que obtiver dois terços mais um dos votos dos cardeais. Nesta eleição, com um colégio de cardeais de 115 eleitores, o próximo pontífice terá que receber ao menos 77 votos.

Se nenhum cardeal receber a quantidade necessária, as cédulas são queimadas, uma fumaça preta sai da chaminé da Basílica de São Pedro e a votação é retomada.

Se os cardeais não chegarem a um consenso até o quarto dia de votação, uma pausa é feita para oração e diálogo entre os eleitores.

A votação reinicia no sexto dia e vai até o 12º. Outras pausas são feitas no sétimo e décimo dia. Após 12 dias e 34 votações, o sistema muda e a escolha passa a ser entre os dois mais votados. No entanto, permanece o quórum de dois terços.

Quando o novo papa é escolhido, uma fumaça branca sai da chaminé e soam os sinos da basílica como sinal de que a votação chegou ao fim.

Após a escolha, o novo papa é apresentado aos fiéis com a frase "Habemus Papam!".

Enquanto durar o conclave, os cardeais ficarão hospedados na Casa Santa Marta, alojamento que fica próximo à Capela Sistina, onde acontecem as votações.

A fim de garantir o sigilo do conclave, um esquema de segurança será montado para permitir que os cardeais façam o trajeto entre a Casa Santa Marta e a Capela Sistina sem serem incomodados.

Lombardi ressalvou que nem todos os cardeais gostam de pegar a van para ir de um lugar a outro e preferir fazer o percurso a pé.



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES