Crianças da Síria são torturadas e vivem as piores atrocidades

Durante esse trabalho foram registrados diversos relatos de meninos e meninas sobre o que eles viram da guerra civil

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Criança mostra os pulsos machucados | Reprodução
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Desde que as revoltas contra o governo de Assad começaram, em março do ano passado, a Síria tem sido o palco das maiores atrocidades contra a humanidade. Nesse cenário de guerra, as crianças aprendem, desde cedo, a conviver com a morte e o terror.

A ONG Save the Children está trabalhando em um dos inúmeros campos de refugiados dando apoio para as crianças vítimas da violência do conflito sírio.

Durante esse trabalho foram registrados diversos relatos de meninos e meninas sobre o que eles viram da guerra civil que tem devastado o país.

O jovem Hassan de 14 anos vive com a família no campo de refugiados de Za?atari, na Jordânia.

O garoto diz que as maiores lembranças que tem da Síria é de estar sempre fugindo de abrigo em abrigo e de ?crianças gritando, chorando muito e sendo torturadas?.

Mesmo com a pouca idade, Hassan já pode dizer que tem a experiência de um veterano de guerra. Sobrevivente de um massacre, ele viu corpos e pessoas feridas por todos os lados.

?Eu achei parte de corpos umas em cima das outras?, contou. ?Perdi meu tio e meu primo. Nós costumávamos fazer tudo juntos, meu primo era tudo para mim?, lamenta o menino.

?Eu peço aos líderes do mundo que salvem as crianças na Síria.

O Khalid tem os pulsos com marcas de agressões que sofreu na Síria.

?Eles me penduraram pelos pulsos em cima de um celeiro, fiquei com os pés fora do chão e eles começaram a me bater?, disse o menino de apenas 15 anos.

Khalid carrega até hoje as marcas dos dez dias, que junto de outras crianças, passou preso.

Quando Mohamad, 15 anos, estava na Síria ele foi testemunha do massacre da vila em que vivam. ? Pelo menos 25 pessoas morreram, eu vi isso com os meus próprios olhos?.

? Eles usaram diferentes maneiras para matar pessoas: choques elétricos, máquinas de cortar e blocos de cimento na cabeça das pessoas. Parecia que eles não tinham misericórdia.

?Eu me sinto como se não tivesse religião ou discernimento?.

O jovem Mohammad de 17 anos conta que depois de uma manifestação dos moradores de sua vila, homens armados invadiram uma escola e selecionaram 50 crianças dentre as sala de aula, do 1º ao 7º ano. ?Eles os levaram para fora da escola e arrancaram suas unhas?.

? Os homens armados nas ruas dizem : ?Ok! Que tal matarmos esse cara? E quanto a essa mulher, quem quer matá-la??. Eles querem as ruas totalmente para eles.

Mossan, 15 anos, tem cicatrizes no pescoço, nas costas e nos pés, consequência das torturas sofridas durante os 22 dias de prisão, onde viu outras crianças definhando .

Ele perdeu um irmão e o outro, gêmeo, está hospitalizado com queimaduras de segundo grau, devido ao bombardeio que atingiu a sua casa na Síria.

?Eu não brinco. Eu costumava ser mais sociável, mas agora não faço nada. Eu estou depressivo, não quero me socializar?, conta o jovem.

? Eu não me sinto seguro quando durmo.



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