Diretor indicado ao Oscar morre em ataque na Líbia

Tim Hetherington, diretor de “Restrepo”, morreu atingido por morteiro.

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Um fotógrafo e um documentarista ocidentais morreram nesta quarta-feira (20) durante um ataque de morteiro na cidade líbia de Misrata.

O documentarista e fotojornalista Tim Hetherington, nascido na Inglaterra e radicado nos EUA, que chegou a concorrer a um Oscar, e Chris Hondros, da agência Getty, foram mortos enquanto trabalhavam na cobertura da guerra civil entre os rebeldes oposicionistas e forças leais ao ditador Muammar Kadhafi. Hondros chegou a receber cuidados médicos, mas não resistiu e morreu.

Outros dois fotógrafos ficaram feridos: Michael Brown e Guy Martin também se machucaram.

As informações foram confirmadas por colegas e fontes médicas na cidade, tomada pelos rebeldes e sitiadas por forças pró-governo.

Eles teriam sido atingidos na Rua Trípoli, principal área de confrontos na cidade sitiada.

Um colega, no Facebook, chegou a informar erradamente que Hondros também tinha morrido. Mas depois foi confirmado que ele estava gravemente ferido.

Hetherington foi um dos diretores do documentário "Restrepo", sobre a guerra do Afeganistão, vencedor do Festival de Sundance e indicado ao Oscar no ano passado.

Jornalista de origem britânica, ele cobriu inúmeros conflitos ao longo dos seis últimos anos.

Ele chegou a ganhar o World Press Photo Award em 2007 por suas fotos de soldados americanos no Afeganistão.

O trabalho foi base para o documentário.

Os rebeldes afirmaram que cinco civis morreram na cidade nesta quarta vítimas de morteiros lançados pelas forças oficiais.

Jornalistas na mira

Um cinegrafista da rede qatariana Al Jazeera, Ali Hassan Al Jaber, já havia sido morto, e um outro jornalista da rede ficado ferido no dia 12 de março em uma emboscada perto a Benghazi, bastião da oposição no leste líbio.

Mas Hetherington foi o primeiro jornalista de um veículo estrangeiro a ser morto na Líbia desde o início da insurreição contra o regime do coronel Kadhafi, em 15 de fevereiro.

Vários jornalistas foram também presos e disseram ter sido torturados pelo regime líbio.



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