E-mails de Sarah Palin vazados a jornalistas agitam os americanos

Muitos dos meios de comunicação pediram acesso à correspondência há quase três anos.

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A candidata a vice-presidente dos EUA nas eleições de 2008, Sarah Palin | Reprodução Web
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A divulgação de 24 mil e-mails da republicana Sarah Palin concentrou nesta sexta-feira (10) as atenções da imprensa americana, que se apressou em repercutir as intenções presidenciais mais antecipadas da política, as opiniões de Palin sobre o líder Barack Obama e inclusive as ameaças de morte que ela recebeu.

Desde o início da manhã, jornalistas e fotógrafos de todos os Estados Unidos se concentravam em frente a um pequeno escritório do Capitólio (Legislativo) do Alasca, na cidade de Juneau, para receber cópias dos e-mails que Palin enviou e recebeu durante parte de seu período como governadora do estado, entre 2006 e 2008.

Alguns jornais, como o "Washington Post" e o "New York Times", mobilizaram grandes equipes de redatores e voluntários que passarão o fim de semana analisando cada uma das mensagens que Palin trocou com seu marido Todd e mais de 50 funcionários públicos.

Estimulados pelos rumores de que Palin pretenda concorrer à Presidência dos EUA em 2012, cada veículo jornalístico pagou US$ 725 para construir sua própria base de dados eletrônica com os e-mails, que enchem seis caixas de 25 quilos cada.

Muitos dos meios de comunicação pediram acesso à correspondência há quase três anos, quando souberam que a ex-governadora enviava e recebia e-mails relacionados ao cargo em sua conta pessoal no site Yahoo!, e tiveram de esperar um mandato da legislatura e um meticuloso processo de revisão no escritório de Palin.

As primeiras horas de leitura e análise não mostraram revelações escandalosas, mas abriram uma janela às opiniões da política republicana e seu modo de encarar o cargo de governadora, que decidiu abandonar em julho de 2009.

"Os milhares de e-mails mostram que Sarah Palin era uma governadora muito envolvida. Todo mundo deveria lê-los", disse à revista "Politico" o tesoureiro do escritório de Palin, Tim Crawford.

Além de detalhar a tomada de decisões nos assuntos que mais marcaram seu mandato, como a construção de um gasoduto de quase 3 mil quilômetros, as conversas retratam, por exemplo, a pouca simpatia de Palin com os pedidos da imprensa para que ela publicasse seus assuntos.

"Continuarei consternada pela imprensa e estou agradecida que vocês não façam parte dos estranhos costumes do mundo midiático de hoje em dia", escreveu Palin em um e-mail a membros de sua equipe em setembro de 2008, pouco após lançar sua candidatura à Vice-Presidência, na chapa do republicano John McCain.

As conversas do início desse ano também revelam que Palin cogitava a ideia de participar da chapa de McCain meses antes do anúncio, que surpreendeu todo o país e se apresentou como algo inesperado inclusive para a própria governadora.

Enquanto seus assessores lhe informavam sobre suas chances de entrar na corrida eleitoral, Palin recebia em seu site mensagens de apoio a uma eventual candidatura, que ela mesma se encarregava de reenviar, sem comentários, aos coordenadores do Governo estadual.



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