Enviado à Síria busca paz enquanto confrontos continuam

Mais de 44 mil sírios foram mortos desde que uma revolta contra o presidente Bashar al-Assad começou.

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O enviado internacional Lakhdar Brahimi insistiu nos esforços de mediação em Damasco na terça-feira, mas não houve pausa no derramamento de sangue enquanto cristãos sírios celebravam um dia de Natal gélido com orações pela paz.

"Estamos aqui, em uma caverna que simboliza a Síria agora", disse um padre ao lado de uma cena da Natividade em uma gruta. "Está frio aqui, mas a porta está aberta a todos os refugiados", disse à televisão estatal síria. "Em meio à fome, ao frio e à privação, ainda temos esperança e amor por nosso país."

Mais de 44 mil sírios foram mortos desde que uma revolta contra o presidente Bashar al-Assad começou há 21 meses, detonando um conflito cada vez mais sectário que coloca a maioria sunita contra a minoria alauíta de Assad.

Os cristãos, muitos relutantes em entrar no que enxergam como uma insurgência islâmica, sentem-se ameaçados.

O bispo John Kawak, falando para uma televisão estatal, disse que o Natal era "um símbolo do renascimento da nação". Ele condenou o "terrorismo", o termo do governo para a rebelião.

Brahimi encontrou alguns dissidentes que são tolerados por Assad, mas rejeitados pela oposição e por rebeldes que lutam para derrubá-lo, um dia depois de ele manter negociações com o presidente sírio.

Não houve notícia sobre qualquer progresso na tentativa do enviado da Liga Árabe e da ONU para por fim à violência que se intensificou nos últimos meses, enquanto Assad usa o poder aéreo e a artilharia contra os progressos dos rebeldes.

Raja Naser, secretário-geral do Órgão de Coordenação Nacional, disse depois de se reunir com Brahimi que o enviado planejava uma semana de reuniões em Damasco e ficaria até domingo.

"Ainda há muita preocupação, mas também há grande esperança de que essas reuniões com outras autoridades sírias resultem em alguns acordos ou desenvolvimentos positivos", disse.

Mas a maior parte dos grupos de oposição parece frustrada com a busca de Brahimi por um acordo sobre um governo transicional. Ele não esclareceu nenhum papel para Assad, cujos inimigos dizem que ele deve simplesmente ir embora, argumentando que sangue demais foi derramado para qualquer outro resultado.



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