Estado de saúde de Nelson Mandela piorou nas últimas 48h, diz assessor

Estado do líder anti-apartheid, de 94 anos, é “muito crítico” na África do Sul

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Frente de hospital onde Mandela está internado vira lugar de homenagens | Reprodução
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O estado de saúde do ex-lider da África do Sul Nelson Mandela, 94, piorou nas últimas 48 horas, disse seu assessor, Mac Maharaj, à emissora local SABC. A informação foi dada pela agência Reuters na madrugada desta quinta-feira (27).

Maharaj disse que Mandela, hospitalizado em Pretória (África do Sul) há quase três semanas tratando uma infecção pulmonar, continua em estado crítico.

Presidente cancela viagem

O presidente da África do Sul, Jacob Zuma, cancelou uma viagem que faria ao vizinho Moçambique na quinta-feira (27) após visitar Mandela, o que aumentou a especulação sobre a saúde do ex-líder.

"É evidente que a questão da gravidade tem sido tal que o presidente Jacob Zuma cancelou sua viagem", disse Mac Maharaj, ao Talk Radio 702.

Ele se recusou a comentar sobre relatos de que Mandela estaria respirando com ajuda de aparelhos: "Eu não posso confirmar quaisquer detalhes clínicos".

Visitas no hospital

Na entrada do Medi-Clinic Heart Hospital de Pretória, onde está internado o ícone mundial da igualdade racial, cidadãos anônimos deixam presentes, flores, mensagens e canções de apoio a Mandela.

As visitas ao centro médico também continuam e, além da presença diária da família, ontem estiveram no recinto a ministra da Defesa, Nosiviwe Mapisa-Nqakula, e o arcebispo anglicano da Cidade do Cabo, Thabo Makgoba.

O ex-médico pessoal de Madiba, Vejay Ramlakan, também o visitou no hospital.

Saúde vem se deteriorando

Nelson Mandela foi internado em quatro ocasiões desde o mês de dezembro.

O ex-presidente contraiu os problemas respiratórios, dos quais sofre de forma recorrente, durante os seus 27 anos nas prisões do "apartheid", regime contra o qual lutou durante quase sete décadas.

O primeiro presidente negro da África do Sul ganhou a admiração dos sul-africanos e do mundo por sua coragem na hora de combater o racismo institucionalizado imposto pela minoria branca.

Mas, sobretudo, por sua nítida aposta pela reconciliação e pela convivência na transição exemplar que liderou junto com o último presidente do "apartheid", Frederik De Klerk, o que rendeu aos dois o Prêmio Nobel da Paz em 1993.



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