Ex-líder comunista chinês Bo Xilai é condenado a prisão perpétua; confira

Político e ex-chefe do governo na metrópole de Chongqing era uma estrela em ascensão, mas foi acusado de corrupção, suborno, abuso de poder

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Uma estrela em ascensão derrubada por um escândalo que mistura sexo, dinheiro, corrupção e morte. Bo Xilai, ex-integrante do poderoso Comitê Permanente do Partido Comunista Chinês e ex-chefe do partido na gigantesca metrópole de Chongqing, foi condenado a prisão perpétua neste sábado em acusações de corrupção, suborno e abuso de poder. Sua queda começou após um ex-aliado denunciar que o político havia encoberto o assassinato de um homem, cometido por sua mulher, Gu Kailai.

Bo - que tem 64 anos e é filho de Bo Yibo, um dos grandes revolucionários chineses - começou na política como prefeito de Dalian, em 1993, e logo como governador de Liaoning, a partir de 2001

Foi entre 2007 e 2012, no entanto, como membro do Comitê Permanente do Partido Comunista Chinês e chefe do partido de Chongqing, que Bo tornou-se uma das grandes promessas na política chinesa. Naqueles anos, ficou famoso por sua campanha para relançar as canções ?vermelhas? e a parafernália maoísta com programas patrióticos na TV e o envio de funcionários para trabalhar no campo. E chegou a ser cotado para assumir uma posição de liderança no partido, em 2012.

Afastado há um ano e meio da vida pública, o político se transformou em motivo de especulação depois que o vice-prefeito de Chongqing, Wang Lijun - que foi seu chefe de polícia durante muito tempo -, se refugiou no Consulado dos Estados Unidos em Chengdu, capital da província de Sichuan. Após ser persuadido por Pequim para abandonar seu posto, Wang foi posto sob investigação.

Ele tinha sido o braço executor da controvertida campanha de luta contra a criminalidade e a corrupção feita por Bo em Chongqing, que desembocou na detenção de duas mil pessoas, na acusação de 500 e na execução de 13, inclusive o antigo diretor do Escritório Judicial, ligado ao Ministério da Justiça. A campanha lhe fez conquistar a simpatia de muitos moradores do município, mas foi criticada por pular os procedimentos legais e ter sido realizada com o fim único de ganhar notoriedade e servir de catalisador para sua carreira política.

Até que o então carismático político foi acusado de ter tentado encobrir o assassinato de Neil Heywood, um amigo da família, por sua mulher, Gu Kailai, aparentemente devido a uma desavença econômica. Ela acabou sentenciada à morte, mas a pena foi convertida em prisão perpétua.

Paralelamente, vinham à tona novas denúncias: mais de R$ 7 milhões em subornos e relações impróprias com várias mulheres. Em setembro daquele ano, Bo foi expulso do partido, por acusações de abuso de poder, corrupção, propina e relações impróprias com mulheres. Era o começo do fim.



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