Familiares e amigos de jovem morto em Sydney fazem protesto em SP

Familiares e amigos do brasileiro morto na Austrália com quatro tiros de eletrochoque fizeram um protesto neste sábado

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Familiares e amigos do brasileiro morto na Austrália com quatro tiros de eletrochoque fizeram um protesto neste sábado (31) pela investigação da morte e pelo pronunciamento do governo autraliano sobre o caso. Roberto Laudisio Curti, de 21 anos, foi morto em Sydney com pelo menos quatro golpes de uma arma Taser (pistola de eletrochoque) suspeito de furtar um pacote de biscoito de uma loja de conveniência.

"Eles quiseram matar. Não importa se ele pegou ou não a bolacha, todos têm direito de defesa e não há razão para terem atirado tanto", disse a madrinha de Roberto, Patrícia Laudisio, durante o protesto. Cerca de 200 pessoas pediram que o governo e a polícia autralianos se pronunciem sobre o caso e investigue a ação dos policiais. Após se reunirem em frente ao consulado da Austrália, eles pararam o cruzamento da av. Paulista com a av. Brigadeiro Luis Antônio sentados no chão em um minuto de silêncio.

Abalada, a namorada de Roberto, Jeanne Berringer, de 20 anos, diz que não está conseguindo ir à faculdade. "Está muito difícil e esse protesto é fundamental para cobrar explicações", disse. Além da perda, ela afirmou estar triste por não ter informações corretas sobre como ocorreu a morte.

Os primos de Roberto cobraram a liberação do corpo pelo governo australiano, das gravações da loja de conveniência onde começou a perseguição e uma resposta sobre o procedimento dos policiais. "Por que alguém dá quatro tiros em alguém que já está no chão?", questiona o primo Eduardo Laudisio, de 20 anos.

Ele e a prima Jade Marien Marino, de 21 anos, disseram que é preciso investigar a morte e necessário que a Austrália se prenuncie sobre o caso, mas ressaltaram que o corpo tem de ser trazido ao Brasil. "Minha avó está velhinha, tem 83 anos, ela gostaria de enterrar o Beto com o resto da família", disse Educardo. Quase da mesma idade, os três eram bastante próximos.

Os manifestantes caminharam até o Masp, ocupando duas faixas da av. Paulista. Para simbolizar a morte de Roberto, eles juntaram pacotes de bolcha, que dizem que serão doados.



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