Governo francês agora desmente prisão de autor de massacre

O homem, um francês de origem argelina de 24 anos, foi cercado durante a madrugada, há mais de 12 horas, em uma casa em Croix-Daurade.

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Polícia bloqueia quarteirão em operação para prender suspeito de ataque a escola judaica. | Reuters
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O Ministério do Interior da França desmentiu na tarde desta quarta-feira (21) a informação de que o suspeito matar quatro pessoas em uma escola judaica de Toulouse, no sul do país, tenha sido preso.

A notícia tinha sido dada por dois canais de TV franceses e chegou a ser confirmada à agência Reuters por uma fonte policial.

O homem, um francês de origem argelina de 24 anos, foi cercado durante a madrugada, há mais de 12 horas, em uma casa em Croix-Daurade, um bairro de Toulouse.

Ele afirmou que iria se render, segundo o ministro do Interior da França, Claude Guéant.

Fontes ligadas à investigação afirmaram que o suspeito se chama Mohammed Merah, um fugitivo da cadeia de Kandahar, no Afeganistão.

O atirador teria afirmado que tem ligação com a rede terrorista da al-Qaeda e que matou crianças israelenses para "vingar crianças palestinas", segundo o ministro.

O cerco à casa foi feito por policiais da RAID, a tropa de elite da França.

No final da manhã, os moradores foram retirados das casas próximas.

Três policiais ficaram feridos sem gravidade, um no joelho, outro no ombro e um terceiro atingido por disparo contra o colete a prova de balas.

De acordo com relatos, o homem não mantinha nenhum refém no local.

A mãe do suspeito, seu irmão e a companheira dele foram detidos como parte da investigação.

As detenções para investigação, que segundo a lei francesa podem durar até quatro dias em casos de terrorismo, aconteceram na manhã desta quarta. O ministro Guéant afirmou que são detenções preventivas.

Explosivos foram encontrados no carro de um dos irmãos do suspeito, informou uma fonte policial. A natureza desses explosivos não foi informada.

Uma forte explosão foi ouvida na área por volta das 9h locais (5h de Brasília), mas ainda não se sabia do que se tratava.

O suspeito era investigado pela Direção Central de Informação Interna (DCRI), desde um primeiro atentado em Montauban, quando dois soldados foram mortos.

No dia 11 de março, este homem teria matado também um soldado de origem magrebina em Toulouse.

No dia 15, ele atirou em três soldados do regimento de paraquedistas na cidade vizinha de Montauban - dois de origem magrebina e o terceiro de origem caribenha - matando dois e ferindo um gravemente.

Os investigadores foram capazes de reconstituir parte do percurso do assassino desde o dia 6 de março, quando roubou a scooter que foi utilizada até o último ataque, na segunda-feira.

No período de 14 dias, o homem agiu a cada quatro dias e a cada vez utilizou uma scooter e duas armas calibre 9mm e 11.43, além de um capacete para evitar ser reconhecido.

Em todos os casos, o criminoso disparou na cabeça das vítimas "à queima roupa", destacou o promotor de Paris Francois Molins, responsável por esta investigação de terrorismo classificado.



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