Guerra: Sérvia detém ex-general acusado de genocídio na Bósnia

Sua detenção é “resultado de uma cooperação completa entre a Sérvia e o Tribunal de Haia”, disse ainda o presidente sérvio

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A polícia sérvia prendeu nesta quinta-feira o ex-general foragido Ratko Mladic, criminoso de guerra culpado pelo TPI (Tribunal Penal Internacional) para a ex-Iugoslávia. A informação foi confirmada em coletiva de imprensa pelo presidente sérvio, Boris Tadic.

"Detivemos Ratko Mladic hoje de manhã. O processo de extradição está em curso", afirmou Tadic, aludindo à transferência do ex-comandante para ser julgado pelo tribunal de Haia.

Sua detenção é "resultado de uma cooperação completa entre a Sérvia e o Tribunal de Haia", disse ainda o presidente sérvio. "No dia de hoje, fechamos um capítulo da história de nossa região, que nos levará a uma reconciliação completa", acrescentou.

Não foram fornecidos detalhes sobre as circunstâncias da prisão. Mladic estava foragido desde 1995, quando foi indiciado pela ONU por crimes de guerra e condenado em Haia pelo genocídio de 8.000 bósnios em Srebrenica e outros crimes cometidos durante a guerra da Bósnia (1992-95). Há anos, o TPI pedia a sua detenção.

A prisão de criminosos de guerra é o maior obstáculo para a entrada da Sérvia na União Europeia (UE).

A prisão de Mladic ocorre menos de três anos depois da detenção de Radovan Karadic, que foi líder político dos sérvios na Bósnia, ocorrida em julho de 2008 em Belgrado. Outro ex-dirigente dos sérvios na Croácia, Goran Hadzic, continua foragido.

No início de maio, o fiscal do TPI, Serge Brammertz, afirmou durante uma visita a Belgrado que a Sérvia "poderia fazer mais" para deter Mladic.

De Bruxelas, a Comissão Europeia disse pouco antes da confirmação que tinha "todos os motivos para acreditar" que o principal criminoso de guerra sérvio foi detido. "No entanto, esperamos uma confirmação", disse a porta-voz para questões relacionadas com a ampliação do bloco, Natasha Butler.

"Se for correto, consideraremos que a Sérvia entendeu a importância da cooperação total com a justiça internacional e decidiu avançar concretamente", acrescentou.



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