Homem que tentou dar carta ao papa é expulso durante audiência

Maltês queria entregar “mensagem de devoção” a Bento XVI, disse Santa Sé

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Guardas cercam o homem | AFP
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Um homem que tentava entregar uma carta em mãos para o papa Bento XVI foi expulso da sala de audiências do Vaticano nesta quarta-feira (26), enquanto Bento XVI fazia seu tradicional encontro semanal com peregrinos.

No meio da cerimônia, da qual participavam cerca de 3.000 pessoas, ele ficou em pé e começou a gritar "Papa, papa", com uma carta em mãos. Então, ele se dirigiu ao palco onde estava o pontífice, gerando tensão entre os presentes.

O homem, que era de Malta, segundo o Vaticano, foi cercado por guardas e, junto com outra pessoa, retirada da Sala Paulo VI.

O padre Ciro Benedettini disse que os homens queriam entregar ao papa uma "mensagem de devoção". Ele afirmou que não houve "agressividade" no comportamento deles.

Joana D"Arc

Na audiência, Bento XVI falou sobre Joana d"Arc, considerada santa pela Igreja Católica, e a colocou como exemplo "para os laicos comprometidos com a vida política".

O papa convidou os presentes a lerem o compromisso de Joana "para a libertação de seu povo, entendido como uma obra de justiça humana que cumpriu com caridade".

"Uma mulher - lembrou - de apenas 17 anos, muito forte e decidida, que foi capaz de convencer homens inseguros e desmotivados".

O papa narrou como Joana d"Arc lutou para levantar o cerco inglês à cidade de Orleans e apoiou o futuro rei Carlos VII, que recebeu a coroa da França em Reims.

Para Joana d"Arc, como será "um século mais tarde para outro grande santo, Thomas More" a fé é a luz "que guia cada escolha" e "em Jesus se contempla toda a realidade da Igreja, seja a triunfante do céu como a militante na terra".

Aprisionada por seus inimigos, Joana d"Arc foi conduzida à cidade de Rouen e submetida a um longo processo judicial, sendo condenada à fogueira em 20 de maio de 1431, relatou Bento XVI.

O papa evocou "o encontro dramático entre Joana d" Arc e seus juízes, que são eclesiásticos, teólogos da Universidade de Paris, aos quais faltava a caridade e a humildade para ver nesta jovem, acusada e condenada à morte terrível da fogueira, a ação de Deus".

Os juízes "não souberam que acabaram condenando uma mulher santa", afirmou.

"O suplício se consumou no velho mercado e Joana pediu a um sacerdote que colocasse diante da fogueira um crucifixo de procissão. Assim morreu olhando Jesus Crucificado e pronunciando em voz alta o nome de Jesus", relatou Bento XVI.

Joana d"Arc havia compreendido que "o amor abraça toda a realidade de Deus e do homem, do céu e da terra, da Igreja e do mundo (..) e com o voto de virgindade, consagra em modo exclusivo toda sua pessoa ao único amor de Jesus".

O julgamento a Joana d"Arc foi revisado a pedido do papa Calixto III e a francesa foi declarada inocente em 1456. Em 1920, foi canonizada por Bento XV e nomeada santa patrona da França.



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