Estudante sai do coma enquanto sua família já discutia doação de órgãos nos EUA

Aparelhos que o mantinham vivo seriam desligados caso ele não acordasse

Avalie a matéria:
O jovem Sam Schmid após deixar o coma (à esquerda) e durante o coma | ABC News
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

O norte-americano Sam Schmid deixou o estado de coma horas antes dos médicos de um hospital em Phoenix desligarem os aparelhos que o mantinham vivo. Estudante de 21 anos na Universidade do Arizona, ele sofreu um acidente de carro no dia 19 de outubro de 2011 e estava sob os cuidados do Instituto Neurológico Barrow no Centro Médico St. Joseph. As informações são do telejornal "Good Morning America".

Após o acidente, os ferimentos do jovem eram tão graves que o hospital em Tucson, a cidade onde ocorreu o acidente, não tinha condições de tratá-los. Transferido para a capital do estado, Phoenix, Schmid passou por uma cirurgia para cuidar de um aneurisma -- uma dilatação na parede das artérias do cérebro -- que poderia matá-lo. Ele ainda teve a mão esquerda e dois fêmures quebrados. A batida ainda deixou um amigo e colega de quarto morto.

A cirurgia controlou o aneurisma, mas o paciente não apresentava sinais de melhora. Desesperançosos com as chances de Schmid sobreviver, os médicos acreditavam que o norte-americano caminhava para uma morte cerebral. Para o neurocirurgião Robert Spetzler, conhecido nos Estados Unidos e responsável por mais de seis mil operações, a recuperação repentina foi quase um milagre.

Professor do médico que cuidou da congressista norte-americana Gabrielle Giffords em janeiro, Spetzler lista os problemas no cérebro de Schmid: aneurisma, hemorragia e um derrame que não chegou a afetar as áreas mais vitais do órgão.

Mas o médico desconfiou do fato de Schmid não ter apresentado lesões mais sérias e solicitou exames de ressonância magnética. Os resultados mostravam que as áreas críticas do cérebro não estavam escurecidas -- sinal de que houve morte cerebral -- o que fez Spetzler manter Schmid vivo por mais algum tempo.

Enquanto os médicos discutiam o delicado tema da doação de órgãos com a família, Schmid mexeu dois dedos. Agora, ele já consegue caminhar com ajuda de um andador e sua voz, apesar de lerda, melhora a cada dia. A equipe que cuida do norte-americano crê que ele terá uma recuperação completa.

Ao falar pela primeira vez após o acidente, Schmid diz não se lembrar da batida e afirma somente se lembrar do momento em que "acordou" no hospital. O jovem universitário agora espera poder passar o Natal com a família, longe de um centro médico.



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES