Iniciados diálogos para decidir sucessor de Berlusconi na Itália

Economista Mario Monti é favorito para assumir cargo de primeiro-ministro.

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Mario Monti é visto chegando a palácio governamental em Roma para reunião com Berlusconi neste sábado | AP
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O presidente Giorgio Napolitano irá começar os diálogos com lideranças da Itália já na manhã deste domingo (13) para definir o nome do novo primeiro-ministro do país. Mario Monti, ex-comissário europeu, é indicado como favorito para substituir o polêmico primeiro-ministro, que vinha enfrentando oposição de parte da população nos últimos meses.

O primeiro-ministro da Itália Silvio Berlusconi abandonou o cargo no final da tarde deste sábado (12), após entregar a carta de renúncia ao presidente Napolitano. A confirmação foi anunciada pela equipe do palácio presidencial do Quirinal.

O Parlamento italiano havia aprovado o pacote econômico de medidas de austeridade que abriu caminho para a saída do político italiano do governo e para a formação de um governo de emergência.

Berlusconi disse no início da semana que deixaria o cargo de premiê após ficar claro que não possuía mais o apoio da maioria. Em reunião hoje no Gabinete, reunido com os outros ministros do país, o premiê confirmou a decisão.

O político afirmou que ficou "sentido" por conta das vaias recebidas após a votação no Parlamento neste sábado. "Foi algo que me doeu profundamente", disse ele junto a dirigentes do partido de centro-direita Povo da Liberdade.

A renúncia promete encerrar uma das eras mais escandalosas da história italiana pós-Segunda Guerra

Com a lei aprovada pelo Parlamento, com medidas duras para economizar 59,8 bilhões de euros, o orçamento do país deverá ser equilibrado até 2014. O pacote busca reverter uma queda na confiança do mercado financeiro, algo que ameaçou causar uma crise ainda maior em toda a zona do euro.

Entre as medidas estão o aumento do Imposto sobre Valor Agregado (IVA), de 20% para 21%; o congelamento dos salários de servidores até 2014; a alta da idade mínima de aposentadoria para as trabalhadoras do setor privado, de 60 anos em 2014 para 65 em 2026; aperto nas medidas contra a evasão fiscal; e um imposto especial para o setor de energia.

Já esperava-se que o pacote fosse aprovado com facilidade, pois as medidas, que passaram pelo Senado com sucesso na véspera, não sofreram emendas na comissão de orçamento na própria Câmara dos Deputados. A saída de Berlusconi pode causar uma série de reações durante o fim de semana.

Elas devem se encerrar na noite de domingo (13) ou na segunda (14) pela manhã, com a formação de um novo governo. Monti, que atualmente chefia a prestigiada Universidade Bocconi, em Milão, deve comandar um governo altamente tecnocrático para aprovar reformas em uma tentativa de evitar uma crise ainda mais perigosa.



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