Israel tenta aprovar lei que obriga judeus ultraortodoxos a servir no exército

O primeiro-ministro israelense pediu apoio aos partidos que já se manifestaram a favor da proposta, na tentativa de conseguir aprová-la no Knesset

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Judeus ultraortodoxo fazendo preces (à esquerda) e primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu (à direita) | Montagem/MeioNews

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, apresentou na quinta-feira (16) um projeto de lei a um comitê ministerial para tornar obrigatório o recrutamento militar de judeus ultraortodoxos. A proposta já provocou protestos entre a comunidade religiosa, que representa 13% da população de Israel. Netanyahu pediu apoio aos partidos que já se manifestaram a favor da proposta, na tentativa de conseguir aprová-la no Knesset, o parlamento israelense, de acordo com seu gabinete.

Milhares de judeus se juntam para orar - Foto: Reprodução

POSICIONAMENTO DOS PARTIDOS ULTRAORTODOXOS

No entanto, os dois partidos ultraortodoxos que compõem a coalizão do governo, o Shas e o Judaísmo Unido da Torá, classificam a isenção do serviço militar como essencial para que os ultraortodoxos possam manter suas tradições religiosas. Os críticos da isenção alegam que as obrigações deveriam ser iguais para todos, especialmente durante a guerra entre Israel e o grupo terrorista palestino Hamas, que reduziu o número de soldados israelenses. O gabinete de Netanyahu defendeu que o projeto de lei visa diminuir as divisões sociais e políticas.

ISENÇÃO EM RISCO

Em Israel, o serviço militar é obrigatório para homens e mulheres a partir dos 18 anos. Homens servem por pelo menos dois anos e meio, enquanto mulheres servem por dois anos. No entanto, os judeus ultraortodoxos foram isentos do recrutamento desde 1948, logo após a fundação do Estado de Israel, por decisão do então primeiro-ministro David Ben Gurion. Atualmente, cerca de 66 mil homens ultraortodoxos entre 18 e 26 anos são beneficiados pela isenção do serviço militar, segundo o Exército.

Primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, discursando sobre a guerra em Gaza - Foto: Reprodução

ISENÇÃO TAMBÉM CONTEMPLA ÁRABES

Além dos ultraortodoxos, os árabes, que representam 21% dos 10 milhões de habitantes de Israel, também são isentos do serviço militar obrigatório. Críticos da isenção argumentam que todos os cidadãos deveriam ter as mesmas obrigações, visando uma maior coesão social e participação equitativa na defesa do país.

Para mais informações, acesse meionews.com



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